JUDAS ISCARIOTES
Jaguaré – Vandim Cerutti interpreta Judas Iscariotes há 9 anos no Auto da Paixão de Cristo em Jaguaré. Ele destaca que o público presente é importante para a encenação. “O que provoca o frio na barriga e o arrepio é começar o teatro e entender que tem muita gente ali para ver. Isso acaba ajudando a incorporar o próprio personagem” – afirma.
Ele relata que já tinha experiência com o teatro e recebeu o convite para fazer o papel de Judas após a saída do ator anterior. “Mesmo fazendo o Judas há nove anos, todos os anos a emoção sempre é muito grande” – frisa.
De acordo com Vandim Cerutti, a preparação para a encenação deste ano foi corrida devido ao pouco tempo. “Mas deu tudo certo. O maior desafio é fazer que tudo dê certo para no dia ter um belo espetáculo para o público, mostrando um pouco de vida de Jesus” – afirma.
“A lição que deixa é a de que Judas era um discípulo que tinha a mente maldosa e sedenta por dinheiro. Por se iludir com moedas, ele entregou Jesus aos soldados romanos” –complementa.
PÔNCIO PILATOS
“É o mesmo Pilatos, mas as emoções são diferentes”, pontua Valdir Santiago
Jaguaré – Há 15 anos interpretando Pôncio Pilatos no Auto da Paixão de Cristo, Valdir Santiago afirma que a cada ano tudo muda. “Este ano, especialmente o cenário, ficou maravilhoso. Em relação ao personagem, é o mesmo Pilatos, mas as emoções são diferentes graças a todo o trabalho que Deus nos permite construir a cada ano. É arrepiante poder participar” – afirma.
“A gente renasce a cada ano porque precisamos construir tudo novamente e de forma diferente. Como o nome do nosso grupo, Renascer, que vejo como uma benção de Deus” – reforça.
Na opinião de Valdir, o Auto da Paixão de Cristo é um momento de evangelização que retrata a morte e ressurreição de Jesus. Ela frisa que a construção e apresentação da encenação na Sexta-Feira Santa é indescritível.
Ele ressalta que a preparação primária para toda a construção é a da fé. “Primeiro a fé, para fazer a coisa acontecer. As pessoas envolvidas precisam acreditar. A gente coloca o pé e Deus coloca o chão. Sempre que a gente começa, precisa mobilizar tudo e fica aquele receio de não dar certo. O primeiro desafio é construirmos a fé dentro de cada um de nós” – enfatiza.
De acordo com Valdir Santigo, o segundo desafio é garantir a estrutura, logística, cenário, segurança, estacionamento, infraestrutura, arrecadação de recursos, divulgação, para receber cerca de 6 mil pessoas no dia da apresentação.
Valdir revela que com o personagem aprendeu que não se pode lavar as nossas mãos, mas sim, ter coragem de assumir os compromissos. “Entendo que Pilatos tinha a missão dele para que Jesus fosse crucificado para nos salvar. Isso estava escrito” – reforça.