Fã de artesanato a custo zero, a vendedora ambulante Ivone Ladeira Paternoste, recicla e cria peças que podem ser usadas no dia a dia. Com a ideia de contribuir para a preservação ambiental e limpeza das praias, ela criou uma espécie de lixeira batizada de “cofrinho de tampinhas”, para solucionar um problema que a incomoda: lixo que não vai para a lixeira e suja a praia, como as tampinhas metálicas.

“Incomodava porque a gente sempre tentou jogar dentro do lixo, mas ia só a metade. E outra coisa, as que caem na areia, quando pisa, machuca o pé além delas depois serem impossíveis de ser recolhidas. Como eu gosto de artesanato, pensei: tem que ter um jeito! Pesquisei e foi aí que peguei um banquinho, prendi uma tela dos lados e forrei o fundo” – detalha.

Neste Verão, Ivone já precisou esvaziar o cofrinho uma vez. Ela relata que mais de 5.000 tampinhas deixaram de poluir as areias da praia com esse gesto. “A gente ficava catando e isso era uma ideia antiga. Com o cofrinho, fica muito mais fácil para manter porque se você tem uma lixeira sua, mesmo que seja um engradado e um saco de lixo preto, vai separando e não tem que catar depois” – frisa.

E o qual o destino das tampinhas. Ela explica: “Estão guardadas. Vou procurar inspiração para aproveitá-las. Preciso fazer alguma coisa”. Dona Ivone afirma ainda que as garrafas dos produtos que ela vende também são recolhidas para descarte.

Ela frisa que percebe os clientes mais cuidadosos também. “Todo mundo acha legal. Todo mundo aprova. Tenho também abridor com o imã e a tampinha não cai na areia. Os clientes acham interessante o abridor e as tampinhas no cofrinho. Os que esquecem, chamo a atenção brincando. Estou sempre conscientizando” – reforça.

O cofrinho de tampinhas já está quase cheio novamente. Segundo a vendedora, cabem 5.000 tampinhas metálicas no objeto.
Foto: Divulgação

 

LIXEIRA COM GARRAFA PET

A vendedora destaca ainda que, antes do cofrinho de tampinhas, já havia feito lixeiras com garrafa pet e levado para a praia. De acordo com ela, foram utilizadas por um bom tempo até serem danificadas.

Outro problema que Ivone observa quanto à limpeza na praia são as latinhas metálicas. De acordo com ela, poucos vendem lata na extensão da praia, mas os banhistas trazem de casa e acabam deixando no local.

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