“Desde junho de 2020 até o momento, a Placas do Brasil tem produzido em capacidade plena”. A afirmação é do presidente do Conselho de Administração da empresa, Luis Soares Cordeiro, ressaltando ainda que a Placas do Brasil responde, na média, por 7% do mercado nacional de MDF.

Essa foi a temática da reunião realizada nesta segunda-feira na sede da empresa, em Pinheiros, para apresentação do início da segunda linha de produção de MDF –da sigla em inglês Medium Density Fiberboard ou, em português, Painel de Fibra de Densidade Média, feito com fibras de madeira e resina sintética tendo como resultado final placas uniformes para a fabricações de móveis e outros mobiliários.

A apresentação teve a presença do governador Renato Casagrande, do diretor do DER-ES José Eustáquio de Freitas, da presidente da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), Cris Samorini, do prefeito de Pinheiros, Arnóbio Pinheiro Silva, além de acionistas, fornecedores, clientes e parceiros.

“Para nós, da Placas do Brasil, esse é um momento muito especial pois coloca nossa empresa totalmente em linha à orientação mercadológica da indústria do mobiliário e design de interiores. Isso porque o mercado brasileiro de painéis é da ordem de 650 mil m³ [metros cúbicos] por mês. Desses, cerca de 450 mil m³ é MDF e o restante é MDP” – frisa.

Leia também:   Produção de gás natural no ES deve crescer 5,2% ao ano até 2028

Ele explica que a tendência a médio prazo é que o MDP –Medium Density Particleboard ou painel de partícula de média densidade, feita com partículas de madeira prensadas, ao contrário das fibras usadas no MDF– seja completamente substituído pelo MDF. “Prova disso é que as últimas cinco fábricas instaladas no Brasil são de MDF e nenhuma de MDP”, destaca.

De acordo com Luis, o mercado de MDF divide-se em dois subgrupos principais: “Cerca de um terço, aproximadamente 150 mil m³ por mês, são de naturais ou crus, destinados à indústria de produção seriada, que tem o acabamento superficial feito por meio de pintura e também para a exportação que é pequena e situa-se na ordem de 35 mil m³ por mês. Outros dois terços, aproximadamente 300 mil m³ por mês, são de revestidos, unicolores e decorativos, produto de maior valor agregado, destinados aos móveis design, projetados por arquitetos e produzidos por milhares de marcenarias em todo o Brasil”.

 

Empresa tem capacidade instalada para produzir 30 mil m³ por mês

Leia também:   Produção de petróleo no ES dispara e deve superar 300 mil barris por dia, aponta anuário da Findes

 

“A Placas do Brasil tem capacidade nominal instalada de 30 mil m³ por mês, e temos produzido em nossa capacidade plena e até ligeiramente acima desde junho de 2020, após o retorno da pandemia. Isso representa na média cerca de 7% do mercado nacional” – reforça.

Segundo o presidente do Conselho de Administração, com essa segunda linha de revestimento, a Placas do Brasil se adequa ao perfil do mercado brasileiro. “Antes desse investimento produzíamos dois terços de MDF cru e um terço de revestido, com a implantação dessa linha invertemos esse balanço de fábrica e já estamos produzindo dois terços de revestidos e um terço de cru”.

Ele destaca ainda que a linha incorpora o que há de mais avançado em termos tecnológicos, com sistemas eletromecânicos de última geração e uma automação avançada, totalmente alinhada com a indústria 4.0, o que, segundo ele aprimora a eficiência do processo e principalmente a qualidade do MDF.

“O investimento nessa segunda linha foi de R$ 52 milhões, sendo R$ 18 milhões financiados pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB), outros R$ 18 milhões pelo Sicoob e os outros R$ 16 milhões suportados com capital próprio” – complementa.

Leia também:   Novo pacote de crédito traz Desenrola para MEIs, micro e pequenas empresas

Foto do destaque: Divulgação

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here