A Polícia Federal apurou que uma organização criminosa acusada de tráfico internacional de drogas usava mergulhadores para inserir entorpecentes em cascos de navios.

“Essa organização trabalha de uma forma um pouco diferente na exportação do material ilícito. Estamos acostumados a ter a inserção de drogas em contêineres e essa organização age de uma forma um pouco distinta, fazendo a inserção da droga no casco de navios com uso de mergulhadores” – detalhou o delegado Bruno Tavares, chefe da Delegacia de Repressão a Drogas da Polícia Federal no Rio de Janeiro.

Depoimento do delegado Bruno Tavares, Chefe da Delegacia de Repressão a Drogas da Polícia Federal no Rio de Janeiro.

De acordo com ele, nas operações realizadas ontem, foram cumpridos 12 mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão contra acusados de tráfico internacional de drogas. Os mandados foram cumpridos pela Operação Tamoios nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Ele ressaltou ainda que a Operação Tamoios teve início em 2019 e durante o curso das investigações foram apreendidos mais de R$ 800 mil em espécie e 200 quilos de cocaína. Ontem, segundo ele, foram feitos dois flagrantes de drogas, um no Espírito Santo e outro no Rio de Janeiro.

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De acordo com a PF, os investigados usavam pequenas embarcações pesqueiras e mergulhadores profissionais para fazerem o carregamento e transporte marítimo de cocaína para o Porto de Roterdã, na Holanda.

Ainda segundo a PF, a organização criminosa, baseada no Rio de Janeiro, transportava a droga até o Espírito Santo. No Estado, a carga era embarcada para a Europa, com a ajuda de organizações estrangeiras.

A investigação durou dois anos e contou com o apoio das capitanias dos Portos do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Nesse período, também foram apreendidos 14 veículos de luxo, 6 imóveis de alto padrão nos municípios do Rio de Janeiro, Mangaratiba (RJ) e Guarapari (ES).

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(Com informações da Agência Brasil e Assessoria de Comunicação da Polícia Federal)

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