O Conselho de Administração da Petrobras se reúne nesta quarta-feira (29) para tratar, entre outros assuntos, sobre o ofício enviado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) no dia 1º de março solicitando a suspensão da venda de ativos que tiveram signing –pré contrato assinado. São eles: Polo Norte Capixaba, Polos Golfinho e Camarupim –no Espírito Santo; Polos Pescada e Potiguar –no Rio Grande do Norte; e Lubnor – no Ceará.

Conforme detalha a Federação Única dos Petroleiros (FUP), no dia 17 a Diretoria Executiva da companhia, que está no final de mandato, encaminhou à apreciação do Conselho de Administração proposta de retomada das privatizações em curso, alegando não terem encontrado “fundamentos pelos quais os projetos em que já houve contratos assinados (signing) devam ser suspensos”.

“No dia 22, nova diretoria foi eleita após pressão da FUP e seus sindicatos, os quais realizaram paralisação na sexta (24). Com forte adesão da categoria, a mobilização foi motivada por pedidos de interrupção dos processos de privatização em curso e de mudança da gestão da Petrobras com a saída de pessoas que não estão alinhadas com o programa de governo aprovado nas urnas em 2022” – afirma a Federação.

Para o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, “as assembleias, que começaram durante a paralisação de sexta-feira, estão aprovando o estado de greve da categoria petroleira”. Segundo ele, ainda não houve deliberação do Conselho de Administração sobre o tema, mas uma reunião está marcada para esta quarta, quando os novos diretores executivos tomam posse.

Na noite de sexta-feira (24), o presidente do Conselho de Administração alterou de informativo para deliberativo o ponto de pauta sobre o ofício do MME, solicitando a suspensão dos processos de venda de ativos por 90 dias. “Esperamos que o pedido do governo seja respeitado. Continuar com as privatizações é um desrespeito ao posicionamento explícito do presidente Lula, deixando claro que é preciso suspender todas as vendas de ativos” – complementa Bacelar.

“A FUP e sindicatos estão acionando o governo para que cumpra o seu papel de acionista controlador da estatal e oriente os indicados da União no Conselho de Administração a votarem pela suspensão das privatizações nesta reunião ordinária de quarta-feira” – acrescenta.

 

Foto do destaque: Divulgação

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