A Petrobras anunciou na manhã desta segunda-feira (1º) a assinatura do contrato de venda da totalidade de suas participações nos campos de produção de gás de Peroá e Cangoá, localizados em mar no norte do Espírito Santo. A comunicação das vendas ocorreu em agosto de 2019. As empresas que tiveram contrato assinado com a Petrobras são OP Energia Ltda e DBO Energia S.A.

Além da venda da totalidade de suas participações nos campos de produção de Peroá e Cangoá, também foi assinado contrato na concessão BM-ES-21 (Plano de Avaliação de Descoberta de Malombe). “A OP Energia e a DBO Energia formarão um consórcio para aquisição do Polo Peroá, com 50% de participação cada, tendo a primeira empresa como operadora”.

O valor da venda é de 55 milhões de dólares, sendo 5 milhões de dólares pagos no ato da assinatura do contrato, 7,5 milhões de dólares no fechamento da transação e 42,5 milhões de dólares em pagamentos contingentes previstos em contrato, relacionados a fatores como declaração de comercialidade de Malombe, preços futuros do petróleo e extensão do prazo das concessões.

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“Os valores não consideram os ajustes devidos até o fechamento da transação, que está sujeito ao cumprimento de condições precedentes, tais como a aprovação pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)”, frisa a Petrobras.

De acordo com o diretor de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da Petrobras, Roberto Ardenghy, a assinatura do contrato é um marco importante na consolidação de uma indústria mais forte e competitiva.

“Nosso objetivo é maximizar o valor do nosso portfólio e dar oportunidade para que outras empresas do setor possam também prosperar. No portfólio destas companhias, o Polo Peroá poderá se desenvolver, recebendo novos recursos e aumentando sua vida útil, com impacto positivo na geração de empregos e renda para a região” – afirma.

Conforma a Petrobras, a divulgação está de acordo com as normas internas da estatal e com as disposições do procedimento especial de cessão de direitos de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos, previsto no Decreto 9.355/2018.

“Essa operação está alinhada à estratégia de otimização de portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, passando a concentrar cada vez mais os seus recursos em ativos de classe mundial em águas profundas e ultra-profundas, onde a Petrobras tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos” – complementa.

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POLO PEROÁ

A Petrobras detém 100% de participação nos campos de Peroá e Cangoá, localizados em águas rasas, cuja produção média de 2020 foi de cerca de 658.000 m3/dia de gás não-associado, e 100% de participação no bloco exploratório BM-ES-21, localizado em águas profundas, em que se encontra a descoberta de Malombe.

 

OP ENERGIA E DBO ENERGIA

A OP Energia é uma subsidiária integral da 3R Petroleum Óleo e Gás S.A., companhia listada no Novo Mercado da bolsa brasileira, cuja estratégia é revitalizar campos maduros onshore e offshore. Para Ricardo Savini, presidente da 3R Petroleum, “a decisão da Petrobras de desinvestir, especialmente em campos maduros, dinamiza o mercado de óleo e gás brasileiro e possibilita a estruturação de novas empresas operadoras que certamente investirão no aumento da produção e das reservas destes campos. Com isso, toda a cadeia de fornecedores é também dinamizada com reflexos positivos na geração de emprego em regiões tradicionalmente produtoras de petróleo”.

A DBO Energia é uma empresa de E&P com foco em aumento de fator de recuperação e eficiência de ativos maduros no Brasil, aplicando experiência e tecnologia do Mar do Norte.  A experiência internacional da DBO Energy, de acordo com o CEO Kjetil Solbraekke, demonstra que “campos maduros, depois de transferidos para empresas menores, apresentam um incremento em sua produção, com a prorrogação de sua vida útil por décadas. Além disso, a diversidade do setor, com empresas de portes distintos e com novas estratégias, trará novas soluções, desenvolvimento de tecnologias e experiências diferentes ao setor, permitindo a mitigação de riscos e maior produção para o país”.

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