Traficantes do norte do Estado, incluindo de São Mateus, estão escondidos em complexos de favelas cariocas. A informação foi confirmada à Rede TC de Comunicações pelo superintendente de Polícia Regional Norte (SPRN) da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), delegado Fabrício Dutra. Para localizar e prender esses criminosos, o superintendente afirma que as forças de segurança capixaba trabalham em conjunto com a Polícia Civil carioca.

O delegado Fabrício Dutra frisa que cerca de 10 traficantes de municípios da área de abrangência da Superintendência Norte estariam em complexos de favelas do Rio de Janeiro, principalmente no Alemão e na Maré. Contudo, acrescenta que dois deles, de São Mateus, estariam possivelmente escondidos na Rocinha. Há criminosos também de Linhares e Aracruz.

Mesmo com a complexidade, a Polícia Civil do Espírito Santo consegue deter criminosos capixabas escondidos no Rio de Janeiro.
Foto: PCES/Divulgação

Para o superintendente, essa situação de criminosos do Espírito Santo se esconderem no estado vizinho deve-se, principalmente, a dificuldade geográfica de serem localizados por estarem em aglomerados urbanos de extrema complexidade devido à grande quantidade de moradores.

“E essa facção no Rio de Janeiro, que é o Comando Vermelho (CV), ela abriga os traficantes, não só do Estado do Espírito Santo, como de outros estados”, afirma o delegado.

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Fabrício Dutra reforça que a saída dos criminosos da região para o Rio de Janeiro também está relacionada às ações das forças de segurança capixabas, desenvolvidas a partir de investigações, que culminam com cumprimento de mandados de prisão e de operações integradas.

Já no Rio de Janeiro, há mais restrições da Justiça que limitam as operações nos complexos de favelas.

 

Trabalho de inteligência para localizar e deter criminosos abrigados no Rio de Janeiro

Para localizar e deter os traficantes que estão escondidos no Rio de Janeiro, o delegado Fabrício Dutra afirma que é realizado um trabalho de inteligência. “Primeiro é identificar esses elementos, as pessoas que migraram para lá. E, junto com a Polícia do Rio de Janeiro, lograr êxito em localizar e realizar as prisões” – destaca.

O superintendente Regional Norte da Polícia Civil do Espírito Santo, delegado Fabrício Dutra, destaca o trabalho de inteligência para localizar e prender os criminosos capixabas em solo carioca.
Foto: PCES/Divulgação

O delegado reforça que o principal motivo da fuga dos criminosos para o estado vizinho é devido a intensificação das ações policiais no Espírito Santo. “O que acontece é que quando está envolvido no tráfico, começa a cair na conta também homicídios. Aí não estamos falando de 12 anos de cadeia, são 30 a 40 anos de cadeia. Então vai para o Rio de Janeiro, que está próximo e tem essa facilidade de se esconderem lá” – explica.

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“No Espírito Santo, a gente entra em qualquer área. No Rio de Janeiro até entra, mas é complexo demais. Para avançar 500 metros você gasta 40 minutos, uma hora” – salienta. Outra dificuldade apontada é o forte armamento das facções que abrigam esses criminosos, segundo o delegado.

Mesmo assim, o delegado destaca que o Espírito Santo tem trabalhado em conjunto com a polícia do Rio de Janeiro e cita como exemplo as duas prisões ocorridas nos últimos meses. “Sempre a gente atualiza a lista, no trabalho interessante do Ciat Norte (Centro de Inteligência e Análise Telemática). A gente faz esse trabalho junto com os colegas do Rio de Janeiro, passando essas informações de localização e tudo. A gente segue trabalhando, esperando a oportunidade de prender esses criminosos” – afirma.

Foto do destaque: PCES/Divulgação

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