CAMILA MATTOSO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A operação deflagrada nesta manhã de quarta (15) contra os irmãos Ciro e Cid Gomes, do PDT, teve início em 2017 e contou com relatos de quatro executivos da Galvão Engenharia que fecharam acordos de colaboração premiada.

De acordo com os autos, há indícios de que houve pagamento de propina envolvendo o governo do estado, que era comandado por Cid Gomes à época, para a contração da empresa na reforma e construção do estádio Castelão, em Fortaleza.
Segundo a decisão judicial, a Polícia Federal diz ter feito quatro medidas para verificar as informações dos colaboradores.

Foram elas, segundo palavras que constam na determinação da Justiça:
1) batimentos dos fluxos dos pagamentos de propinas com as datas dos desembolsos efetuados pelo Governo do Estado do Ceará pela execução das obras contratadas, dentre elas, a de construção e reforma da Arena Castelão;

2) exame do teor dos e-mails apresentados pelos executivos da empresa no contexto das negociações dos pagamentos de propinas, nos quais se reportam, ainda que veladamente, à importância daqueles repasses como forma de assegurar o desembaraço dos pagamentos das obras represadas pelo então governador Cid Gomes;

3) análise minuciosa de todos os atos que compuseram o procedimento licitatório, e

4) análise das vinculações existentes entre os apontados agentes públicos corrompidos que teriam proporcionado a vitória da construtora no certame da Arena Castelão e suas ligações com os irmãos Cid, Ciro e Lúcio Gomes.
Pelas redes sociais, Ciro Gomes reagiu, atacou Bolsonaro e falou em ordem judicial abusiva.

Na decisão que determinou busca e apreensão contra os irmãos, o juiz Danilo Dias Vasconcelos de Almeida diz que a autoridade policial identificou práticas teratológicas no processo de contratação do consórcio.

 

Foto do destaque: Facebook/Reprodução

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