O Brasil enfrenta a Seleção de Camarões nesta sexta (2) já classificada para as oitavas de final depois de vencer por 2×0 a Sérvia na estreia (24) e por 1×0 a Suíça no dia 28. Historicamente, a competição mexe com o Brasil.

De quatro em quatro anos, cresce o sentimento de orgulho dos brasileiros, que se vestem de verde e amarelo, pintam ruas e se juntam para assistir aos jogos. Ainda em um cenário de recuperação, a economia brasileira também deve ter um impacto considerável com a Copa.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima R$ 1,48 bilhão em vendas no comércio e serviços. O torneio começou no dia 20 de novembro no Catar. E termina em 18 de dezembro.

Para o economista da CNC, Fábio Bentes, essa estimativa de vendas tende a movimentar setores específicos do comércio, “o setor de eletrodomésticos, eletroeletrônicos, afinal de contas, neles são vendidos televisores, que é o carro-chefe nesse tipo de evento, mas também o segmento de vestuário e o varejo alimentício.”

Já no setor de serviços, esse impacto tende a se concentrar nos bares e restaurantes. Para esse segmento, a CNC tem uma perspectiva de injeção de R$864 milhões. Se confirmada a expectativa, esse valor representa um aumento real, já descontada a inflação, de aproximadamente 8% em relação à movimentação financeira de bares e restaurantes na Copa de 2018.

No setor de serviços, o impacto tende a se concentrar nos bares e restaurantes. Para esse segmento, a Confederação Nacional do Comércio tem uma perspectiva de injeção de R$ 864 milhões.
Foto: Valter Campanato-ABr/Divulgação

Caso a projeção se concretize, o mercado varejista brasileiro e o setor de serviços registrarão um faturamento 7,9% maior em comparação com a Copa de junho de 2018, na Rússia.

 

Copa do Mundo e Black e Friday ao mesmo tempo

 

Este ano, a coincidência de calendários da Black Friday com o maior evento do futebol antecipou as promoções. Descontada a inflação, espera-se um aumento de mais de 7,5% nas vendas em relação ao mesmo período do ano em 2021, ainda de acordo com a CNC.

Segundo o economista, esse aumento representa uma perspectiva positiva para a Black Friday, e isso ocorro por dois fatores: a inflação e a regeneração do mercado de trabalho. A inflação na Black Friday de 2022 está menor que a do ano passado.

O índice de referência de preços no Brasil (IPCA) estava em 11% ao ano às vésperas da Black Friday de 2021. “Hoje a inflação está na casa de 6,5%. Isso ajuda o varejo crescer durante um evento em que as ações promocionais chamam a atenção dos consumidores”, explica Fábio Bentes.

Para qualquer data comemorativa do comércio, o mercado de trabalho em expansão propicia aumento das vendas. Fabio Bentes destaca que embora a taxa de desemprego ainda esteja alta, está bem menor do que na Black Friday passada, “no final do ano passado a gente estava com uma taxa de desocupação de 14%, esse ano essa taxa de desocupação está na casa de 8,9% por cento, ou seja, a taxa de desemprego é um indício de que o mercado de trabalho está reagindo e ao reagir o consumidor consegue, renda para consumir não só na Black Friday, mas nas demais datas comemorativas do comércio.”

 

Foto do destaque: Valter Campanato-ABr/Divulgação

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