Servidores que aderiram à greve deflagrada ontem pelo Sindicado dos Servidores Públicos de São Mateus preparam um ato defronte ao Hemocentro nesta sexta-feira (2). De acordo com o presidente do Sindserv, Herikson Locatelli Mattos, na manhã desta sexta, além do ato, foram selecionados, e pré-agendados, 40 servidores para doação de sangue.

“Vamos nos concentrar em frente ao Hemocentro, sem carro de som por causa das proximidades do hospital [Hospital Roberto Arnizaut Silvares]. Vamos sair de uma maneira um pouco mais silenciosa a partir das 8h” – detalha o sindicalista.

Herikson avalia como positivo o primeiro dia da greve, como um “movimento interessante”. Ele diz que, após uma caminhada realizada pela manhã pelas vias da área central da Cidade, os servidores foram até o Centro Administrativo da Prefeitura, encerrando as atividades do dia.

Ele ressalta que, conforme orientados antes do início da greve, os servidores da Saúde não suspenderam as atividades exercendo as suas funções regularmente para garantir o atendimento de serviços essenciais. “Conforme orientamos, não era para esvaziar os setores de trabalho porque a população não tem culpa do que está acontecendo”.

Herikson afirma ainda que não realizou agenda ontem com representantes do Executivo ou Legislativo, como havia adiantado à Reportagem na quarta-feira, e que nenhuma reunião ou conversa está marcada para esta sexta-feira.

 

PREFEITURA

A Prefeitura reforçou na tarde de ontem que procedimentos judiciais já foram protocolados e estão tramitando “ante a ilegalidade da greve”. Além disso, destaca que “providências quanto ao corte de ponto e suspensão do pagamento dos grevistas já estão sendo analisadas”.

Em nota, o Município voltou a afirmar que “desde o início das tratativas, dentre as propostas apresentadas e aceitas, o Município já implementou o aumento do ticket para R$ 500,00, além de ter iniciado a análise e concessão das progressões, inclusive com pagamento já realizados na folha do corrente mês de agosto/2022” e que “também já foram iniciados os estudos para reformulação dos planos de carreiras”.

“Tendo em vista a ilegalidade da greve, inclusive com o ajuizamento de ação declaratória de ilegalidade pelo Município, no Tribunal de Justiça, não há tratativas a serem realizadas com o Sindicato. Isso porque, no dia 15/08/2022, em audiência de mediação/conciliação ocorrida no TJES, mesmo com a construção de novas propostas junto ao juiz conciliador, o Sindserv, através do seu Presidente Herikson Locatelli, informou que as tratativas foram rejeitadas. Portanto, a greve continua ilegal. E, até este momento, não há nenhuma reunião agendada, mas a Prefeitura permanece aberta à conversação. Conforme jurisprudências e se valendo da Lei de Greve da CLT, têm-se como serviços essenciais Educação, Alimentação, Saúde, Abastecimento de Água, Transporte Coletivo, Serviços de Funeral, Tratamento de Esgoto, Lixo, Tributação, Segurança, entre outros” – complementa a Prefeitura.

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