ARTUR RODRIGUES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O secretário estadual do Meio Ambiente de São Paulo, Marcos Penido, afirmou que o sistema de drenagem de São Paulo não foi pensado para chuvas atípicas como as que atingiram a cidade nesta segunda-feira (10).

Foto: Reprodução

“Fevereiro é um mês chuvoso normalmente, a gente fala em torno de 220 mm de chuva o mês inteiro -66% foi nessa madrugada. Você tem um sistema de drenagem previsto para essa média histórica”, afirma Penido. “Todo modelo de drenagem é baseado nos modelos matemáticos em função das médias históricas. Isso aqui não tem nada a ver com nenhuma média histórica nem a forma como ocorreu.”
Para o secretário, mesmo que obras de drenagem não concluídas estivessem funcionando haveria problemas na cidade devido à intensidade das chuvas. Conforme mostrou a Folha de S.Paulo, há ao menos 17 obras de drenagem da prefeitura, a maioria delas atrasada, em curso atualmente.

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“Os piscinões cumpriram o seu trabalho. O problema é que é uma total atipicidade dessa chuva. Em qualquer lugar que uma chuva dessa vem, infelizmente causa muito prejuízo. Seja aqui no nosso estado, seja nos estados vizinhos ou como nós vimos no último verão na Europa.”
Penido afirma que o fato de a chuva ter sido em toda São Paulo e partes da Grande São Paulo causa uma situação ainda mais difícil de ser contornada. “Além da chuva imediata, que vai para o rio, temos todos os afluentes que foram colaborando. Tivemos extravasão de Perus, Paciência, Zavuvus, Pirajussara, Tamanduateí”, disse.
O secretário afirma que cidades da Grande SP também tiveram problemas intensos, como Osasco, Taboão da Serra, Guarulhos e Francisco Morato.
Ele afirma que o governo estadual atua em uma sala de situação, operando comportas, bombeando a água e, assim que a situação aliviar, preparando a limpeza dos piscinões para mais chuva.
Penido recomenda que a população não saia de casa sem planejamento e evite pontos afetados pela cheia nesta segunda. “A grande instrução é: não saia sem planejamento. Vai para a Paulista? OK, na Paulista não tem cheia. Vai utilizar o metro até a praça da República, OK. Antes de sair de casa, veja qual é o seu trajeto e o que está acontecendo. Precisa ir para a marginal? Por favor, não vá. Precisa ir para Osasco? Por favor, não vá.”

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