O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse nesta quarta-feira, em debate sobre perspectivas socioambientais da matriz elétrica brasileira com representantes do setor, que a implementação de 536 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) no País poderá resultar em investimentos de R$ 70 bilhões nos próximos anos. Ele ressaltou que as centrais agora são suas “queridinhas” e que os projetos básicos delas totalizariam quase 8 mil megawatts de potência.

Albuquerque participou de encontro com agentes do setor elétrico, em Brasília, promovido pelo Fórum dos Agentes do Setor Elétrico e pelo Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico e defendeu maior aproximação entre autoridades governamentais e lideranças do setor elétrico, no sentido de trabalhar de forma conjunta as ações consideradas prioritárias.

“Trabalhamos ativamente para o aprimoramento do planejamento energético, com fortalecimento da sustentabilidade ambiental. A palavra-chave é planejamento. No início de nossa gestão chamamos a todos para apresentar nossas ações prioritárias, e como iríamos realizar a implementação delas” – afirmou. O ministro classificou como ponto chave para a sustentabilidade a modernização do processo de licenciamento ambiental, de forma a torná-lo mais rápido, transparente, racional e objetivo.

AGENDA
O ministro afirmou que quer construir uma agenda com a Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema) e os órgãos estaduais de meio ambiente para uniformizar procedimentos e viabilizar a carteira dos projetos de pequenas centrais hidrelétricas. “Se construídas, essas unidades poderão representar investimentos da ordem de R$ 70 bilhões no País, e atender cerca de 14 milhões de unidades consumidoras”. A implantação das PCHs, no entanto, depende naturalmente de licenciamento ambiental.

Consultado pela Agência Brasil, o presidente da Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel), Charles Lenzi, disse que os 536 empreendimentos estão localizados do Centro-Oeste para baixo, não afetando a Amazônia. “Pequenas centrais hidrelétricas são ambientalmente mais interessantes do que as grandes hidrelétricas, porque os reservatórios são pequenos, espalhados e, geralmente, funcionam a fio d’água”, explicou.

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