WANDERLEY PREITE SOBRINHO

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Nas últimas 24 horas -entre sexta-feira (14) e este sábado (15)-, ao menos 12.200 pessoas precisaram deixar suas casas em razão dos temporais que atingem Minas Gerais.

inte e cinco pessoas morreram no estado desde o início do período chuvoso, em outubro. Esse cálculo não inclui as dez pessoas que perderam suas vidas depois que uma rocha caiu de um paredão em um cânion em Capitólio.

Balanço divulgado pela Defesa Civil mineira informa ainda que o número de cidades em situação de emergência devido aos temporais subiu para 377. O número corresponde a 44% de todo o estado, que possui 853 municípios.

Segundo o órgão estadual, 10.000 pessoas ficaram desalojadas de sexta para sábado, e outras 2.200 pessoas ficaram desabrigadas no último dia.

Agora, são 45.815 desalojados -pessoas que precisaram sair de suas casas, mas não tiveram a residência destruída e estão abrigadas com a ajuda de parentes ou amigos. Os desabrigados, que precisam de assistência do governo para moradia temporária em abrigos, somam 6.664.

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Desde outubro, a Defesa Civil contabiliza 25 mortos em razão das enchentes em 18 cidades: Uberaba (um óbito), Coronel Fabriciano (um), Nova Serrana (um), Engenheiro Caldas (um), Pescador (um), Montes Claros (um), Betim (um), Belo Horizonte (um), Dores de Guanhães (dois), São Gonçalo do Rio Abaixo (um), Ervália (um), Caratinga (dois), Brumadinho (cinco), Ouro Preto (um), Perdigão (dois), Santana do Riacho (um), Contagem (um) e Claro dos Poções (um).

Os óbitos “decorrentes do acidente em Capitólio não são computados no balanço do período chuvoso até o encerramento das investigações”, afirma a Defesa Civil.

A lista de 377 cidades em situação de emergência inclui a capital, Belo Horizonte, além de Nova Lima, Betim, Montes Claros, Governador Valadares, Caratinga, Teófilo Otoni e Pará de Minas -que lançou um alerta pedindo a moradores para deixarem as suas casas devido ao risco de rompimento de uma barragem-, dentre outras.

As chuvas que atingem Minas desde o fim de dezembro, deixando diversas cidades com cheias, se intensificaram no segundo fim de semana de janeiro. A força das águas resultou em mortes, moradores ilhados, pontes danificadas e barragem com risco de rompimento iminente. A previsão indica que as chuvas persistirão ao longo desta semana.

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O caso mais grave aconteceu em Capitólio, no sudoeste de Minas Gerais. Lá, dez pessoas morreram e outras 30 ficaram feridas após uma rocha de um cânion desabar durante um passeio de lanchas.

No último dia 8, cerca de duas horas antes do desabamento, a Defesa Civil de Minas Gerais havia emitido um alerta para chuvas intensas na região com possibilidade de “cabeça d’água”.

O governador Romeu Zema (Novo) pediu à gestão de Jair Bolsonaro (PL) a suspensão da taxa extra na conta de luz para todo o estado e afirmou que os mineiros “não podem ser penalizados” com o custo aplicado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

“Enviei ao ministro de Minas e Energia pedido de suspensão da Bandeira vermelha de Escassez Hídrica na conta de luz em nosso Estado”, afirmou o governador no Twitter. “Neste momento de recuperação econômica dos efeitos da pandemia (…) a solidariedade com os mineiros é emergencial.”

O Ministério de Minas e Energia já havia informado que a bandeira tarifária de escassez hídrica -que acrescenta R$ 14,20 às contas de luz a cada 100 kWh consumidos- deve seguir em vigor até o fim de abril, mesmo após as fortes chuvas registradas nas últimas semanas e o consequente aumento no nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas.

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Foto: Divulgação/Seinfra
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