PEDÁGIO
E a novela da Eco101 continua, agora com o pedágio aumentado. Quanto à não duplicação da rodovia, ora bolas, isso é apenas um detalhe.
LAMBANÇA
Esta semana o Banco Central aumentou a taxa de juros para conter o consumo e tentar frear o aumento da inflação através da redução da quantidade de dinheiro em circulação. Enquanto isso, o ministro Paulo Guedes faz um exercício hercúleo para irrigar o mercado com mais dinheiro (liberando FGTS e Auxílio Brasil, por exemplo) e tentar fazer a retomada da economia. Por incrível que pareça, isto acontece no mesmo País e sob o mesmo governo, que mais parece um Frankenstein, sem direção.
CONTRADIÇÕES ECONÔMICAS
Quando o Banco Central aumenta a taxa de juros, induz as pessoas a economizarem e colocarem dinheiro em aplicações financeiras, reduzindo o consumo. Ao mesmo tempo em que reduz e encarece a oferta de crédito às pessoas e às empresas. Também aumenta os custos do governo federal com o serviço da dívida, ou seja, com os juros que o governo paga para tomar dinheiro no mercado financeiro. Por outro lado, quando o governo libera poupança forçada, como os depósitos do FGTS, para que os trabalhadores possam gastar imediatamente, acaba estimulando o consumo, na contramão do que o BC deseja. É preciso alguém avisar o Bolsonaro que tem dois governos sob os olhos dele.
PESQUISA
O governador Renato Casagrande apareceu com 42% das intenções de votos para o Governo do Estado na primeira pesquisa eleitoral de 2022 realizada pelo Ipec a pedido do portal de notícia A Gazeta. Com entrevistas feitas em 26 municípios capixabas de 28 de abril a 1º de maio, o resultado da pesquisa foi apresentado nesta semana. A pesquisa indica que o senador Fabiano Contarato e o ex-deputado federal Carlos Manato aparecem empatados na segunda posição com 11% das intenções de votos cada. Outros pré-candidatos, como o ex-prefeito da Serra, Audifax Barcelos (7%), o ex-prefeito de Linhares, Guerino Zanon (5%), o presidente da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Erick Musso (3%), o deputado federal Felipe Rigoni (2%) e o ex-secretário da Fazenda de Vitória, Aridelmo Teixeira (1%), também aparecem na pesquisa estimulada de intenção de voto, que é quando os nomes são apresentados aos entrevistados.
COLNAGO
Já em outro cenário, onde o nome de Guerino Zanon é trocado pelo do ex-vice-governador César Colnago, Casagrande aparece com 46% das intenções de voto. Colnago, então, fica com 3% das intenções de voto. Contarato fica com 13% e Manato vai a 10%. Esses dois pré-candidatos ficam tecnicamente empatados se for considerada a margem de erro da pesquisa, que é de 4% para mais ou para menos.
ESPONTÂNEA
Na pesquisa espontânea, quando os nomes dos pré-candidatos não são apresentados ao entrevistado, o governador Renato Casagrande continua liderando, mas com uma margem menor, de 23%. O nome do ex-governador Paulo Hartung também aparece e, junto com os de Manato e Contarato, fica com 2%. No entanto, a pesquisa mostra que 60% dos entrevistados responderam que não sabem ou não opinaram. Outros 7% disseram que votariam branco ou nulo.
REJEIÇÃO
Em se tratando de rejeição, o governador Renato Casagrande aparece com 23% entre os entrevistados. Os demais resultados são: Manato (21%), Contarato (19%), Erick Musso (18%), César Colnago (16%), Felipe Rigoni (15%), Guerino Zanon (12%), Audifax Barcelos (12%) e Aridelmo Teixeira (10%). De acordo com a pesquisa, 2% dos entrevistados disseram que poderiam votar em todos os pré-candidatos, 20% não sabem ou não opinaram. Os entrevistados puderam escolher mais de um pré-candidato.
REGISTRO
A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES), sob o protocolo ES-07066/2022, e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob protocolo BR-03442/2022. Realizada de 28 de abril a 1º de maio, a pesquisa eleitoral do Ipec, feita a pedido do portal de notícia A Gazeta, ouviu 608 entrevistas em 26 municípios. O nível de confiança utilizado é de 95% e a margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos.
1º TURNO NO ES
O quadro eleitoral no Espírito Santo aponta para uma vitória ampla do governador Renato Casagrande, dada a atual conjuntura. O chefe do Executivo, do PSB, conta com a simpatia do PT, visto que o senador Fabiano Contarato não demonstra que queira, neste momento, tentar a vaga no Palácio Anchieta. O senador filiou-se recentemente ao PT, partido com o qual Renato Casagrande tem conversado, demonstrando, durante o congresso do PSB, uma aproximação a Lula e Geraldo Alckmin. Caso Contarato não saia candidato ao Governo do Estado, esses votos, 11% na pesquisa estimulada, podem cair no colo de Casagrande, que seria, então, reeleito no primeiro turno. A conferir!
RIGONI NA SUÍÇA
O deputado federal Felipe Rigoni é o único brasileiro convidado a palestrar no maior evento de lideranças do mundo, o St Gallen Symposium, na Suíça. Rigoni debateu sobre a importância da utilização de dados na elaboração de políticas públicas, como forma de redução das desigualdades. Entre os participantes estavam o presidente da Suíça, Ignazio Cassis, a vencedora do Nobel da Paz, Maria Ressa, o Ceo da Shell, Ben van Beurden, e a ex-presidente da Croácia, Kolinda Grabar-Kitarović. O simpósio também contou com a presença de membros do parlamento austríaco, ucraniano, francês e diversos outros países.
AMEAÇA ÀS ELEIÇÕES
A eleição presidencial no Brasil neste ano está sim correndo risco, caso o resultado seja diferente da reeleição do atual presidente Jair Bolsonaro. Pelo menos é o que indicam as atitudes e ações do atual chefe do Executivo Federal. Ele insiste em lançar desconfianças sobre a urna eletrônica e, dentro desta estratégia, anunciou que o partido a que se filiou recentemente, o PL, contratou uma empresa para realizar uma auditoria no sistema eleitoral brasileiro. Funcionaria como uma espécie de controle externo e que cobraria ‘coisas’ do TSE. E se essas ‘coisas’ não forem atendidas pelo TSE? Isso, por si só, além de uma ameaça golpista, já é muito irracional e pode nos levar aceleradamente para o abismo do estado democrático de direito, vindo do presidente que pressiona as Forças Armadas para figurar como garantidor da vontade popular. Então tá!
NÃO ESQUECEMOS
Acontece que há questões levantadas pelo irracionalismo que não têm respostas. Elas são levantadas apenas para sugerir que o sistema eleitoral, que não apresentou nenhum caso de fraude desde que foi implementado em 1996, não é seguro. Bolsonaro parece querer induzir seus apoiadores a desacreditarem do sistema eleitoral e dessa forma tentar abrir caminho para uma aventura golpista, caso as urnas não lhe deem os votos para a reeleição. E, por enquanto, são esses os sinais que vêm das diversas pesquisas de intenção de voto já realizadas, todas lideradas pelo ex-presidente Lula tanto no primeiro quanto no segundo turnos.
EUA
Também nesta semana foi jogado aos ventos que o diretor da CIA, Willian Borns, que teve reunião em julho do ano passado com a alta cúpula do governo brasileiro, veio cobrar que as eleições, tanto nos EUA quanto no Brasil, não sejam atacadas da forma que estão sendo. Ele teria dito que é inaceitável que a vontade das urnas não seja respeitada. Bolsonaro, com suas atitudes, está deixando claro que está disposto a não cumprir essa vontade se o vitorioso não for ele.
FOME
Devido aos últimos acontecimentos, com disputas em supermercado por cebola, saques de comida e tantos episódios que nos envergonham enquanto nação, o jornalista Reinaldo Azevedo sugeriu nesta semana que, nas discussões políticas, é preciso falar da fome no Brasil “porque é isso que não vai querer se discutir”. Nos resta concordar.
O MAPA
O Brasil deixou de aparecer no Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas em 2014. O fato foi considerado um marco mundialmente reconhecido no caminho à promoção do direito humano universal à alimentação adequada e saudável. No entanto, infelizmente, em 2018, o País voltou a figurar neste triste indicador e, em 2020, registrou 55,2% da população convivendo com a insegurança alimentar. Nesta semana outro fato triste foi apresentado à nação: a maioria dos brasileiros não sabe se vai ter comida à mesa.
CONTA SIMPLES
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a cesta básica já abocanha 56% do ganho de quem recebe um salário-mínimo, que hoje está em R$ 1.212. Ou seja, quando descontados 7,5% referentes à Previdência Social, o que sobra do salário tem que dar para bancar contas de gás (que já consome 10% do salário-mínimo), energia (e lá se vão outros 15% ou 20%). O que sobra, o equivalente à cerca de 10%, pouco mais de R$ 100, é para comprar remédios ou pagar o transporte, por exemplo. Esse cenário é para quem já tem a casa própria. Imagine quem mora de aluguel? Essa conta não fecha.
DIA DAS MÃES
E amanhã é o Dia das Mães, esse Ser capaz de gerar vida e de consagrar sua vida aos filhos. Benditas sejam todas as Mães!
