HOFFMANN E FOLETTO
Mais mudanças no primeiro escalão do Governo do Estado devem ocorrer com as desincompatibilizações dos secretários de Inovação e Desenvolvimento, Tyago Hoffman, e de Agricultura, Paulo Foletto. Em entrevista à Tribuna do Cricaré nesta semana, Tyago Hoffman disse que a batida do martelo só deve acontecer após conversa tête-à-tête com o governador Renato Casagrande, ao qual teceu vários elogios. Já Paulo Foletto deve disputar a reeleição para deputado federal. Com a volta de Foletto ao Congresso Nacional, o deputado Ted Conti deixará a cadeira e ainda tem futuro indefinido na política.
MÁRIO LOUZADA
Além de mexer nas cadeiras do Congresso Nacional, a saída de Paulo Foletto do primeiro escalão do governo ainda altera a configuração da Secretaria de Agricultura e do Instituto de Defesa Agropecuária do Espírito Santo (Idaf). Nos corredores do Palácio Anchieta é tida como certa a nomeação de Mário Louzada na Seag. Atualmente ele é diretor-geral do Idaf. E em caso de reeleição do governador Renato Casagrande, Mário Louzada ainda seria mantido na pasta pelos próximos quatro anos de governo do socialista.
EVAIR DE MELO
Constantemente visto ao lado do presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Evair de Melo está atuante e demonstrando muito fôlego na caminhada da reeleição a Câmara dos Deputados. Ontem ele passou por São Mateus para entregar mais 6.000 cestas básicas doadas pelo Governo Federal para os atingidos pelas chuvas recentes. Para todo o Espírito Santo foram mais de 20.000 cestas. Evair ainda participou, no ano passado, da agenda presidencial em São Mateus, quando Bolsonaro entregou casas populares no Bairro Aroeira.
DANIEL
A vida política do prefeito Daniel Santana, cheia de intempéries desde o início, não está nada fácil. Depois de ter o inquérito transferido da Justiça Federal para a Justiça Eleitoral, o que representou uma vitória para o trabalho dos advogados dele, o Ministério Público Federal resolveu acrescentar mais itens à denúncia contra ele no âmbito da operação Minucius da Polícia Federal. A defesa afirma que segue confiante e que Daniel Santana não cometeu nenhum crime ou desvio de conduta na administração da Prefeitura de São Mateus. Alguns interlocutores mais próximos de Daniel afirmam se tratar de perseguição política contra Daniel, feita por políticos derrotados nas urnas.
DESDÉM COM
AS CRIANÇAS
Em mais uma decisão questionável, o Ministério da Saúde anunciou nesta semana que excluirá as crianças de 5 anos completos do grupo prioritário da campanha de vacinação contra a gripe. Esta é a opinião do presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, Antonio Carlos Lopes. Para ele, a justificativa, por mais incrível que pareça, é um possível risco de falta de insumos, como seringas e agulhas. O descaso com a imunização dos brasileiros –dos menores aos adultos– soma-se a uma longa lista de medidas injustificáveis do MS e de seu titular, Marcelo Queiroga. Equívocos e indicativos de pura falta de compromisso com a saúde dos cidadãos; todos duramente criticados por médicos, profissionais da área, jornalistas, entre outros, nos dois anos mais recentes de pandemia.
COVID
Particularmente no que se refere às crianças, enquanto o mundo iniciava a vacinação contra a covid-19 no universo de 5 a 11 anos e a OMS garantia segurança/eficácia, assistimos por aqui obstáculos sendo criados dia a dia, com fins até hoje não bem explicados, por certas autoridades sanitárias. Análises técnicas criteriosas e demoradas foram exigidas para um processo já comprovadamente eficaz, levando à desnecessária exposição de nossas crianças e facilitando a circulação do vírus. Como consequência, sem surpresa, observou-se um número considerável de casos dentro das escolas, entre alunos e funcionários.
INFLUENZA
Embora o vírus da Influenza seja menos agressivo do que o da covid-19, ao alijar crianças de 5 anos da campanha de vacinação, as portas ficam escancaradas ao perigo. Entre elas, é grande a chance de agravamento da doença, podendo evoluir até mesmo para óbito. Urge destacar que esse grupo é importante agente transmissor do Influenza. Além de se infectar mais facilmente, as crianças permanecem com o vírus por mais tempo que os adultos. Todos esses fatores, somados ou individualmente, corroboram para a mesma conclusão: a decisão não faz qualquer sentido. Representa, diga-se em bom tom e sem meias palavras, uma falta de planejamento e preocupação por parte do Ministério da Saúde. A campanha da gripe é anual e deveria, idealmente, estar ampliando os grupos prioritários e não reduzindo-os. Ainda mais em momento como o atual, em que a população começa a relaxar com as medidas de prevenção às doenças respiratórias.
RETROCESSO
Infelizmente, é impossível não vir à mente a palavra retrocesso. Aliás, retrocesso para a ciência, para a saúde e para a sociedade. Mais um para a pilha acumulada nos últimos tempos. Fica o chamado a todos para lutar contra esse tipo de situação. Se posicionar e se informar é essencial. É o único caminho viável para a evolução.
JUROS ALTOS
Os aumentos sucessivos da taxa básica de juros, a Selic, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, virou uma dor de cabeça a mais para os donos de pequenos negócios. No dia 16, a taxa passou de 10,75%, ao ano, para 11,75%. E o Copom já sinalizou nova alta para maio, data marcada para a próxima reunião do colegiado. As expectativas do mercado são de que o índice chegue a 12,5%, em maio, e suba para 12,75% no fim do semestre. Segundo o analista de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae Giovanni Beviláqua, a variação da Selic tende a elevar também as taxas de juros das linhas de crédito ofertadas para os pequenos negócios, além de desencadear um menor apetite do mercado financeiro por realizar novos financiamentos para as MPE’s.
FOME
Depois da fila do osso, dos pés de galinha e dos caixotes de lixo dos supermercados, o pobre brasileiro agora é apresentado à pele de frango. Na maior crise econômica e social da história do Brasil, consumidores relatam oferta do subproduto da ave, repleto de gorduras, normalmente descartado em outros tempos. Mas o cardápio da miséria ainda tem outros a preços convidativos como restos de peixe –vísceras, espinha e cabeça–, sobras e cabeças de frango e pelanca.
ALARMANTE
A miséria normalizada é uma fotografia que materializa os dados divulgados no ano passado, fruto de um estudo desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa Alimento para Justiça, da Universidade Livre de Berlim, na Alemanha, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e com a Universidade de Brasília (UnB): 59,4% dos lares brasileiros apresentaram algum nível de insegurança alimentar. São 125 milhões de seres humanos no Brasil, num universo total de 212 milhões de habitantes do País, que não podem se alimentar adequadamente. Entre eles, 13%, ou seja, 27 milhões, vivem neste momento em miséria absoluta, sem nada, ao Deus dará, famintos, sem casa, sem água, sem coisa alguma.
