As águas-vivas são animais marinhos que possuem pequenos tentáculos que, em contato com a pele, liberam uma toxina que dá uma sensação de queimadura na pele. Elas são facilmente encontradas em todo o litoral brasileiro. Para resguardar banhistas, em especial nas praias de Guriri, o tenente coronel Wagner Borges, secretário municipal de Defesa Social, dá algumas dicas sobre como lidar com o animal.

“As pessoas vão à praia e, normalmente, levam crianças que acabam se queimando em contato com a água-viva. Qual a primeira coisa que geralmente se faz? Levar a mão e puxar. Não se deve fazer isso!” – alerta.

Águas-vivas em contato com a pele podem provocar vermelhidão e desconforto como dor similar a uma queimadura.
Foto: Divulgação

Ele explica que as toxinas da água-viva são semelhantes a uma queimadura quando em contato com a pele. A região afetada fica com vermelhidão e a dor é semelhante a uma queimadura. Por isso, quando se tentar tirar o animal da pele com as mãos, por exemplo, a pessoa acaba espalhando essa toxina por outras partes do corpo, aumentando as regiões afetadas.

“Não se deve lavar com água doce o local afetado. A água doce em contato com a toxina agrava a queimadura. Tem que retirar o restante da água-viva que ficou grudado no corpo com auxílio de algum instrumento, um pedacinho de madeira, isopor, uma chave, para afastar o que restou. Feito isso, o correto é lavar o local, sem esfregar, com a própria água do mar” – frisa.

 

Toalha com vinagre ajuda aliviar a dor

O tenente-coronel Wagner Borges orienta ainda que, após lavar a região afetada com a própria água do mar, é imprescindível embebedar uma toalha limpa com vinagre e fazer uma compressa com o produto colocando em cima do local que teve contato com a água-viva.

“Já deixa no seu kit de praia uma toalha e vinagre. Estudos científicos na área da Medicina comprovaram que os produtos aos quais o vinagre é feito provocam uma reação positiva à toxina liberada pela água-viva e neutraliza o efeito. É como se fosse um antídoto para o efeito da toxina. A pessoa afetada pode voltar para o ambiente de água sem nenhuma dor” – afirma.

“Estamos nos aproximando agora de um período de Festa da Cidade [com feriadão municipal] em que as praias vão estar cheias. Então, podendo orientar a população neste sentido, é muito importante” – complementa.

 

ÁGUAS-VIVAS

As águas-vivas são animais marinhos, chamados de cnidários. Possuem pequenos tentáculos que contêm células urticantes (nematocistos), que queimam em contato com a pele. A água doce agrava a queimadura, pois dispara as toxinas de nematocistos que eventualmente estavam intactos. O vinagre possui a capacidade de neutralizar a sensação de desconforto no local.

Na temporada de Verão 2022/2023, os guarda-vidas que atuam em Guriri atenderam três casos de acidentes com crianças envolvendo águas-vivas somente na área central do Balneário do início de dezembro até o final de fevereiro.

Foto do destaque: Divulgação

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