O Espírito Santo está preparando novas medidas para evitar que o sistema de saúde pública entre em colapso devido ao avanço da pandemia do novo coronavírus. É o que demonstram as decisões do Governo do Estado explanadas pelo secretário da Saúde, Nésio Fernandes, em pronunciamento na manhã desta sexta-feira.

Dentre as principais medidas, o secretário destaca que possivelmente nenhum município será classificado em risco baixo no Novo Mapa que deve ser apresentado na tarde desta sexta. “A partir de hoje (sexta, 12), diversos municípios vão atingir o risco alto e praticamente não teremos mais municípios em risco baixo no Espírito Santo”.

Prevendo o colapso nacional também sobre a rede privada de saúde, o secretário adiantou que o Governo do Estado publica nesse sábado (13) uma portaria para que toda a rede privada do Espírito Santo suspenda as cirurgias eletivas não essenciais de forma que ela consiga garantir atendimento e acesso aos segurados dos planos de saúde e também a venda de leitos ao Sistema Único de Saúde.

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“Temos identificado no Estado que a rede privada está atendendo pacientes de outros Estados pelos planos de saúde, do Nordeste, Norte e do Sudeste. De maneira que essa constatação reforça o risco da repercussão do colapso nacional também sobre a rede privada” – frisou.

Nésio afirmou que o Estado decidiu manter a meta de 90% de ocupação dos leitos hospitalares como gatilho que determinará medidas mais extremas no Espírito Santo. “Ter 10% de 900 leitos de UTI’s livres no Estado é a garantia de que não irá decretar medidas extremas numa situação de colapso”.

Ele anunciou que o Espírito Santo pode chegar a 1.500 leitos de UTI, para todas os tipos de tratamento, sendo 900 exclusivos para covid-19. “Nós não temos dificuldades com leitos de enfermaria, que são os abertos em hospitais de campanha. Mas estamos adotando como estratégias em algumas unidades organizar tendas acopladas em alguns hospitais, como a que está sendo encaminhada ao Hospital Roberto Silvares, em São Mateus. Essas tendas serão para atender pacientes clínicos que não são de covid e estão próximos de alta ou em tratamento continuado”.

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