SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar abre em leve queda nesta quarta-feira (29), com investidores aguardando mais informações sobre a nova regra fiscal do Brasil em dia de reunião “conclusiva” de ministros sobre o tema.

Como a agenda econômica no exterior está mais esvaziada, as atenções se voltam para dados locais, como os números do Caged, que mostram a situação da criação de empregos no Brasil, e a estatísticas de crédito em fevereiro pelo BC (Banco Central).

Às 9h10 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,14%, a R$ 5,1584 na venda.
Na B3, às 9h10 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,20%, a R$ 5,1595.

A Bolsa fechou em alta e o dólar em queda no nesta terça-feira (28). Analistas afirmam que, apesar de adotar um tom duro, mas dentro do esperado, a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) trouxe sinalizações do BC (Banco Central) de que, se bem elaboradas, as novas regras fiscais podem ajudar a melhorar as expectativas de inflação, e a partir daí, abrir espaço para corte nos juros.

O Ibovespa operava em alta de 1,52%, a 101.185 pontos. O dólar comercial à vista caiu 0,80%, a R$ 5,165.

No mercado de juros, os investidores ajustaram suas expectativas, aumentando as taxas nas curvas mais curtas por conta da continuidade do tom mais duro do BC, visto no comunicado da semana passada.

No contratos para janeiro de 2024, as taxas passaram dos 13,05% do fechamento desta segunda-feira (27) para 13,14%. Para janeiro de 2025, os juros subiram de 11,88% para 11,97%. No vencimento em janeiro de 2027, a taxa fechou estável em 12,14%.

Na visão de analistas, o foco principal do BC para tomar suas decisões sobre juros continua sendo nas expectativas para a inflação. Por isso, a ata fala de projeções de preços ainda acima da meta, mesmo em cenário de juros estáveis em 13,75% ao ano.

O ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou nesta terça-feira (28) que a ata do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central “veio com termos mais condizentes” do que o comunicado divulgado logo após o encontro na última quarta-feira (22).

No exterior, os juros também seguem no centro das atenções dos investidores. James Bullard, presidente do escritório de Saint Louis do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), disse que uma “política monetária apropriada pode continuar derrubando a inflação”.

Outro ponto que surpreendeu os investidores foi o aumento da confiança dos consumidores nos Estados Unidos, medida pela associação empresarial Conference Board. Mesmo em um momento de crise dos bancos, a pontuação do indicador subiu de 103,4 para 104,2 pontos, enquanto economistas ouvidos pela Bloomberg esperavam uma queda para 101 pontos.
Em Nova York, os índices de ações caíram. O Dow Jones fechou em baixa de 0,12%. O S&P 500 e o Nasdaq recuaram 0,16% e 0,45%, respectivamente.

Nesta semana, o mercado ficará atento principalmente ao indicador de inflação ao consumidor nos Estados Unidos, o PCE, que é o preferido pelo Fed para basear as decisões sobre juros.

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