Adelson Carneiro Rodrigues, 60 anos de idade, iniciou a Expedição do Oiapoque ao Chuí há dois anos. Natural da Ilha de Cananéia, no Estado de São Paulo, o canoísta, não poderia passar e não parar para registrar, apreciar as águas mornas e as belezas naturais da Ilha de Guriri. Ele chegou ao Balneário na manhã desta sexta-feira (11).

O Oiapoque fica na divisa do Brasil com a Guiana Francesa, onde Adelson iniciou a expedição. Serão 8.000 quilômetros até completar toda a costa que corta 17 Estados brasileiros. O canoísta está no 12°Estado, que é o Espírito Santo e completou 5.000 km do percurso nesta semana. “Faltam ainda 3.000 quilômetros até o Rio Grande do Sul. Não tem como prever, mas acredito que até o fim desse ano devo chegar ao Sul”.

Adelson Rodrigues é chefe escoteiro no Grupo Escoteiro Jaguaretê (98º/Campinas-SP). Para recepcioná-lo na passagem pelo litoral do Espírito Santo, dirigentes, escotistas e membros juvenis dos Escoteiros do Brasil na região articulam atividades durante as paradas do chefe canoísta na costa capixaba. Em Guriri, inclusive, deverá haver contato com escoteiros mateenses neste fim de semana.

Em entrevista à Rede TC de Comunicações o canoísta disse que rema de seis a sete horas por dia e os percursos variam de 30 a 40 quilômetros. No entanto, como a Ilha de Guriri é parada obrigatória, Adelson remou apenas 16 quilômetros entre o local da última partida, Conceição da Barra, e a Ilha.

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Questionado sobre a impressão que teve da Ilha, Adelson foi só elogios: “Todas as belezas nas costas brasileiras são peculiares, cada local tem uma beleza única e Guriri não foge à regra. Por exemplo, vindo lá do alto mar e olhando para Guriri, tem um cenário lindo, maravilhoso. Vendo de longe que isso aqui é uma Ilha, é uma coisa bem estruturada, bem bonita. A orla, a praia, é uma coisa show”.

Adelson deve ficar em Guriri até domingo (13). Sua próxima parada é Uruçuquara. Ele deve aproveitar os dias na Ilha para fazer registros fotográficos e vídeos de São Mateus e Guriri. O objetivo do atleta é reunir material para ilustrar o livro que está escrevendo onde relata todas as aventuras da Expedição e as suas percepções.

 

 

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Aventura extra em alto mar

Depois de 5.000 quilômetros remando pela costa brasileira e muitas aventuras na memória e no coração, Adelson destaca a que classificou como “uma aventura extra”. Normalmente ele fica a uma distância de 500 metros da costa, no máximo, mas se aventurou ainda mais no mar na sua passagem pela Ponta da Baleia, em Caravelas, na Bahia. “A travessia que fiz da Ponta da Baleia até Abrolhos foi de 60 quilômetros mar adentro, foi muito bacana. Quis ir remando até lá para ter um diferencial. Essas esticadas para outros lugares são aventuras extras”.

Planejamento, ação, gratidão

A ideia da expedição nasceu no coração de Adelson há cinco anos. Ele conta que visitou mais de 400 empresas pelo Brasil em busca de patrocínio para realizar a expedição, porém nenhuma delas abraçou o projeto. No entanto, esse obstáculo não impediu o canoísta de seguir com o projeto.

“Vendi tudo o que eu tinha. Moto, equipamentos esportivos, coloquei um mísero dinheiro no bolso e fui fazer a minha expedição”. Ele relata que ao longo dos dias foi e ainda é surpreendido com ajuda voluntária das pessoas que ele não esperava. “Pessoas que acreditam no meu projeto, pessoas humildes que me recebem em suas casas, isso é muito bacana. Gratificante”.

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O canoísta detalha que quando fez o planejamento da Expedição Oiapoque ao Chuí, precisou ser logístico e psicológico. Adelson pontuou os obstáculos que supostamente enfrentaria para que soubesse ultrapassá-los, caso necessário. “Não tenho nenhum arrependimento. Me perguntam se eu não tenho solidão, como vou ter solidão se tem o barulho de uma onda, um pássaro voando, um golfinho nadando do meu lado. Não tem como ter solidão”.

Escrevendo os nomes na história

E quem visitou o Prefeito Daniel Santana, em seu Gabinete, nesta sexta-feira (11), foi o canoísta Adelson Carneiro. Esse paulista de Campinas já escreveu dois livros sobre a aventura e tem um terceiro a caminho. Nesse, disse, vai ter um capítulo do seu encontro com Daniel Santana, quem ele fez questão de conhecer. “É um dos prefeitos mais famosos do Brasil, mano” – disse.

Moqueca é capixaba 

Em um bate-papo com o prefeito e os secretários municipais Adriano Oliveira (Turismo) e Júnior Eler (Comunicação), ouviu histórias e curiosidades regionais, posou para fotos e ganhou um Mapa Turístico da Ilha de Guriri. Também foi convidado a comer a melhor Moqueca Capixaba do Brasil. Sim, pois “Moqueca é Capixaba. O resto é peixada”.

 

Foto do destaque: Divulgação

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