O Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES) relata que está suspenso o exercício de Medicina do homem apontado pela Polícia Federal como falso médico em São Mateus. O acusado também foi denunciado pela morte de uma criança de 10 anos, após ser atendida por ele no Hospital Roberto Silvares.

O homem foi preso no dia 18 de agosto, numa operação da Polícia Federal de São Mateus, Vitória da Conquista (BA) e do Amazonas que investiga prática ilegal da Medicina, falsificação de diploma de curso superior emitido por universidade estrangeira, bem como a transferência externa para universidades brasileiras, mediante apresentação de currículo falso.

Em nota encaminhada à Rede TC de Comunicações nesta quinta-feira (23), o CRM-ES acrescenta que, além da suspensão total do exercício da Medicina, uma plenária do Conselho realizada no dia 31 de agosto aprovou a abertura de um processo administrativo contra o acusado pela Polícia Federal. O processo pode resultar na anulação do registro no CRM-ES.

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De acordo com a Secretaria Estadual de Justiça, o homem segue preso no Centro de Detenção Provisória de São Mateus.

A Reportagem tenta contato com a defesa do acusado e continua à disposição para ouvir a defesa.

RELEMBRE O CASO

De acordo com a apuração da PF, o alvo do mandado de prisão em São Mateus matriculou-se em uma faculdade de Medicina na Bolívia onde estudou por um semestre.

“Solicitou transferência para uma faculdade brasileira e adulterou os registros para que computassem, ao invés de seis meses, quatro anos de estudo. Concluiu os estudos e formou-se então médico. Vê-se que a faculdade brasileira foi vítima da ação do falso médico” – sustenta a Polícia Federal.

A PF afirma ainda que, no Espírito Santo, o homem foi contratado por diversas prefeituras do norte capixaba e também pelo Governo do Estado e, em salários nos últimos três anos, auferiu aproximadamente R$ 850 mil.

MORTE DE CRIANÇA

Após a prisão, a professora Alessandra Ferreira Marcelino procurou a Reportagem e relatou que a filha, Ana Luísa Marcelino Ferreira da Silva, de 10 anos, morreu 30 minutos depois de ser atendida pelo homem que a Polícia Federal acusa de ser falso médico. O caso aconteceu na madrugada do dia 12 de janeiro, uma segunda-feira.

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SESA

A Secretaria Estadual da Saúde informou que foi aberto um procedimento interno para apurar a circunstância da morte e investigar a regularidade da habilitação do profissional que atendeu a criança. A Sesa já adiantou que “remeterá o que for apurado às autoridades para providências cabíveis”.

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