Cimento que chega à Cidade é insuficiente para atender a demanda

Desde a manhã desta sexta-feira (1º) começou a chegar cimento na Cidade, vindo de Belo Horizonte e de Cachoeiro de Itapemirim. No entanto, proprietários de lojas de material de construção afirmam que a quantidade que chegou em São Mateus até a tarde é insuficiente para atender a demanda. De acordo com Leonir José Moschen, gestor da IR Material de Construção, no início da manhã recebeu um carregamento com 300 sacos de cimento que estava parado em bloqueio em Cachoeiro de Itapemirim.

Ele destacou que esta quantidade de cimento, geralmente dura uma semana. “Em uma hora já havia vendido toda a carga”, diz, afirmando que os clientes fizeram filas e levaram o produto de bicicleta, moto e veículos de passeio. “Não esperou nem descarregar o caminhão. Nunca vi tanta bicicleta carregando cimento”.

Segundo Leonir, o motorista do caminhão disse para ele que a ordem é para os caminhoneiros descarregarem e permanecerem em casa. “E eles não querem sair e correr o risco de ficaram novamente presos nas estradas”. Ele afirma que aguarda a chegada de dois carregamentos, num total de 600 sacos, na segunda-feira (4).

Já o proprietário da loja Sernamby Material de Construção, Francismario Maciel Pereira, o Mazinho, recebeu um carregamento com 380 sacos de cimento por volta das 12h, vindo de Belo Horizonte. Tão logo os clientes souberam da chegada do produto começaram as vendas com eles retirando o cimento da loja. Ele também aguarda a chegada de novo carregamento na segunda.

Motorista do caminhão que descarregava na loja Sernamby Material de Construção no início da tarde desta sexta, Tiago Morais, de Nova Venécia, disse que passou 12 dias na estrada e que ainda não havia ido em casa. À Reportagem, ele disse que foi a São Paulo, no Município de Itapetininga da Serra buscar uma carga com 1.000 metros quadrados de grama para levar para Belo Horizonte, no entanto ficou preso num bloqueio e perdeu toda a carga. O motorista contou que descartou toda a carga de grama e foi para Belo Horizonte, onde carregou o cimento para entregar em São Mateus. Tiago frisou ainda que viu muito movimento de caminhões nas estradas, além de militares do Exército Brasileiro.