MARIA MADALENA
Jaguaré – Maria de Lourdes Bins interpreta Maria Madalena há vinte anos. Ela revela que, mesmo com todo esse tempo, é impossível não se emocionar. “A vida que conhecemos de Maria Madalena é muito bonita. Cada ano uma emoção diferente. Como vamos adquirindo mais conhecimento a cada ano, se torna algo mais precioso de se fazer” – afirma.
Ela destaca que também já interpretou Maria, a mãe de Jesus. “Interpretar Maria Madalena é realmente um desafio. Afinal, estamos falando da única mulher discípula de Jesus que viajou com Ele como sua seguidora, o acompanhou na crucificação e ressurreição. Acho que temos que estar preparados para qualquer desafio e o resultado está aí, há 20 anos” – frisa.
Segunda Maria de Lourdes, a preparação para a realização do Auto da Paixão de Cristo acontece através de muita dedicação e amor envolvendo a todos no projeto. “Apesar dos 20 anos interpretando essa mulher incrível, não tem como não sentir esse frio na barriga. O coração fica a mil. Quando deixarmos de sentir esse friozinho, aí não conseguiremos passar para o público essa emoção que sentimos. Seja você também uma Maria Madalena. Destemida, forte e seguidora de Jesus” – complementa.
PEDRO
Para Wanderson Bonomo, a satisfação é ver tantas pessoas prestigiando
Jaguaré – Wanderson Bonomo é contador e, para além dos números, se dedica ao teatro há dez anos, especificamente ao Auto da Paixão de Cristo. Desde 2014 interpreta Pedro, o discípulo que, segundo as escrituras sagradas, negou Jesus por três vezes.
“Todos os anos, mesmo sabendo que as cenas são as mesmas, a satisfação de ver tantas pessoas nos prestigiando é ótima. O Pedro, que por fora era ‘casca-grossa’, mas por dentro todo coração, ao ler a Bíblia a gente percebe isso, protagoniza aquela cena do arrependimento por negar Jesus. Isso impacta” – frisa.
De acordo com Wanderson, além dos ensaios e toda a organização necessária para fazer o espetáculo acontecer, a preparação maior é a espiritual “para poder me doar no dia da encenação”.
Ele pontua que extrai do personagem e leva para a vida a mensagem de que “é preciso ser aquela pedra”, que, na opinião dele, Pedro sempre foi, “buscando crescer e multiplicar as coisas boas”.