MATHEUS TEIXEIRA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Um dia após a militância bolsonarista reclamar da forma como o ex-presidente Lula (PT) foi tratado na entrevista ao Jornal Nacional, o presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais para afirmar que “compreende perfeitamente a Globo tratar melhor aqueles que estão dispostos a pagar mais”.

Sem citar diretamente o petista, que é seu principal adversário nas eleições deste ano, o mandatário disse que “eles são a esperança de dias melhores para a emissora”.
“Nada mais coerente do que pegar mais leve. Estranho seria comigo, que fechei a torneira”, escreveu nesta sexta-feira (26).

Logo após a entrevista de Lula, na quinta-feira (25), diversos ministros do governo e aliados do presidente afirmaram que os entrevistadores William Bonner e Renata Vasconcellos foram mais duros com Bolsonaro do que com Lula.

Foto: © Marcello Casal JrAgência Brasil

Na publicação desta sexta, Bolsonaro aproveitou para voltar a atacar a Rede Globo, um de seus alvos preferidos desde as eleições de 2018.

“Hoje a emissora pode até continuar promovendo perversidades como o aborto, as drogas, a ideologia de gênero, a inversão de valores e a destruição da família se assim desejar, só que não mais sustentada com rios de dinheiro público”, disse.

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O presidente afirmou que jamais defenderá o controle da imprensa, “como pretende o outro lado”, e disse que hoje em dia algumas pessoas são capazes de entregar a liberdade “por algumas moedas de prata”.

“Talvez se tivéssemos dado o que queriam, as boas notícias não seriam acompanhadas por um ‘mas’ e sobrariam aplausos ao meu governo. Mas escolhemos investir no Brasil e não em elogios”, afirmou.

Sob reserva, aliados do presidente avaliaram que Lula foi bem no Jornal Nacional. No entanto, identificaram afirmações que devem ser exploradas no decorrer da campanha para desgastar a imagem do petista.

A avaliação é que o petista tropeçou em suas falas sobre o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e ao criticar o agronegócio.

Declarações de Lula sobre os sem-terra e sobre uma ala “fascista” do agronegócio já se converteram em munição de bolsonaristas nas redes sociais.

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