SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Campeão brasileiro após 50 anos, o Atlético-MG deu um grande passo para conquistar a Copa do Brasil. Com gols de Hulk, Keno e Vargas (2), a equipe goleou o Athletico por 4 a 0, neste domingo (12), no Mineirão. É a primeira vez na história da competição que uma equipe consegue um placar tão elástico na briga pelo título.

O jogo de volta será na quarta-feira (15), às 21h30, na Arena da Baixada, em Curitiba. O time paranaense terá a dura missão de ao menos devolver a derrota por quatro gols para tentar levar a decisão para os pênaltis. Não há na competição o critério de desempate do gol marcado fora de casa.

Caso saia campeão de Curitiba, o Atlético-MG, do técnico Cuca, será o segundo clube a levantar, na mesma temporada, as taças do estadual, do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil. Só quem conseguiu o feito até hoje foi o arquirrival Cruzeiro, em 2003.

Empurrado pela torcida alvinegra, que lotou o estádio e cantou o tempo todo, o time mineiro começou no ataque e dominou a posse de bola. Só não abriu o placar aos oito minutos porque Thiago Heleno, quase em cima da linha, conseguiu cortar uma cabeçada de Diego Costa.

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Pouco depois, Diego Costa, aparentemente com dores no joelho, pediu para ser substituído. Cuca chamou o chileno Vargas. Abatido, Diego Costa fez gesto de “tchau” à torcida, nem passou pelo banco de reservas e foi para o vestiário. Rodrigo Lasmar, médico do Atlético-MG, seguiu o atleta, mas não conseguiu convencê-lo para examiná-lo.

Aos 20 minutos, Zaracho lançou na área, e a bola bateu no braço de Léo Cittadini. O árbitro Bruno Arleu de Araújo marcou a penalidade. Na cobrança, Hulk bateu forte e no canto esquerdo de Santos, que acertou o lado, mas não alcançou a bola.

Foi o sétimo gol de Hulk, que foi o artilheiro do Brasileiro, com 19 gols, e também lidera a tábula de goleadores da Copa do Brasil. Até hoje, somente Gabigol, pelo Flamengo, conseguiu o posto de goleador máximo nas duas competições nacionais, em 2019.

O Athletico, encurralado no campo de defesa, não conseguia ter paz para pensar em como reagir. Keno ampliou aos 34 minutos, após troca de passes dos atleticanos desde o campo de defesa. Ele recebeu na intermediária e mandou uma bomba no canto direito de Santos.

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Na etapa final, Thiago Heleno, que vinha sendo o melhor do Athletico, facilitou a vida dos mineiros. O defensor, dentro da área, deu a bola de graça para Hulk, que chutou cruzado. Santos espalmou, e Vargas aproveitou o rebote para marcar o terceiro gol, aos dez minutos.

Com uma boa vantagem, o time alvinegro não tirou o pé e soube aproveitar os espaços oferecidos pelos visitantes. Em mais um ataque letal com participação de Jair e Nacho, Hulk tocou para Vargas marcar o seu segundo gol na partida, aos 23.

Eufórica, a torcida soltou o grito de “é campeão” no Mineirão. Alberto Valentim sentiu o golpe e se refugiou no banco de reservas.

Thiago Heleno, com três cartões amarelos, está fora do confronto em Curitiba.

A conquista nacional é bem-vinda para as finanças dos clubes. A premiação pelo título é de R$ 56 milhões, e o vice embolsará R$ 23 milhões.

No caminho até a final deste domingo, os dois times receberam R$ 15 milhões cada um, contabilizando as gratificações da terceira fase (R$ 1,7 milhão), oitavas de final (R$ 2,7 milhões), quartas (R$ 3,4 milhões) e a semifinal (R$ 7,3 milhões).

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FICHA TÉCNICA

ATLÉTICO-MG 4 x 0 ATHLETICO-PR

Motivo: jogo de ida da final da Copa do Brasil

Data: 12/12/2021

Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG)

Árbitro: Bruno Arleu de Araújo (FIFA-RJ)

Assistentes: Rodrigo Figueiredo Henrique Correa (FIFA-RJ) e Fabrício Vilarinho da Silva (FIFA-GO)

VAR: Rodrigo Nunes de Sá (FIFA-RJ

Cartões amarelos: Hulk, Igor Rabello e Guilherme Arana (Atlético-MG). Thiago Heleno, Pedro Henrique e Nico Hernandez (Athletico).

Gols: Hulk, Keno e Eduardo Vargas (duas vezes), ambos para o Atlético-MG

 

ATLÉTICO-MG

Everson; Mariano, Junior Alonso, Igor Rabello e Guilherme Arana; Allan (Tchê Tchê), Jair (Calebe), Zaracho; Keno (Nacho), Hulk e Diego Costa (Eduardo Vargas). Técnico: Cuca.

 

ATHLETICO-PR

Santos; Pedro Henrique, Thiago Heleno e Nico Hernández (Pedro Rocha); Marcinho, Erick, Léo Cittadini (Fernando Canesin) e Abner Vinicius (Nicolas); Nikão, David Terans (Jader) e Kayzer (Vinicius Mingotti). Técnico Alberto Valentim.

Foto: Pedro Souza/Atlético
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