O Dia D da Diálise terá programação em São Mateus, quinta-feira (29), a partir de 10h, na Praça Mesquita Neto. Convocada pela Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT), a ação acontece em todo o País, como alerta para falta de recursos e vagas no País para pacientes renais crônicos, que necessitam de diálise.

Administradora da Unidade de Terapia Renal Substitutiva de São Mateus (UTRS-SM), Marlowa Barcellos Ribeiro ressalta que a programação do Dia D no Município terá palestras sobre doença renal crônica (10h), sobre tratamento, incluindo custo e manutenção (11h), e sobre hábitos alimentares (12h), além de testemunho de um paciente (10h30) e orientações de uma equipe multidisciplinar (13h).

Em São Mateus, 216 pacientes de 14 municípios fazem sessões de diálise. Foto: Ademilson Viana/TC Digital

Nefrologista na UTRS-SM, o médico Rafael Cruzeiro Teixeira de Siqueira disse que o setor percebe uma defasagem na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) para as sessões de diálise, “que não recebe reajustes há muito tempo”. Ele relata que são cerca de 122 mil pacientes que fazem hemodiálise no Brasil e cerca de 750 clínicas, sendo a maioria privada prestando serviço ao SUS. “O número de pacientes aumenta, mas o número de clínicas não está seguindo esta demanda”, frisa.

O nefrologista Rafael destaca que a diálise é o modo das pessoas continuarem sobrevivendo, após a parada dos rins. Foto: Ademilson Viana/TC Digital

Rafael explica que os preços da tabela não seguem a inflação, o aumento dos insumos e salários, e isso causa desinteresse para surgirem mais clínicas, provocando desequilíbrio de vagas. O nefrologista exemplifica que uma pessoa da Bahia está internada numa unidade hospitalar de São Mateus há 100 dias, aguardando o surgimento de vaga de diálise no estado baiano.

O médico salienta que esta realidade ainda não chegou à clínica em São Mateus, que atende atualmente 216 pacientes com sessões de diálise, de 14 municípios. A diálise é o modo de as pessoas continuarem sobrevivendo, após a parada dos rins. O transplante é uma forma do paciente não necessitar mais da diálise, no entanto, o médico ressalta que nem todo mundo está apto a fazer este procedimento. Pessoas de idade avançada, ou que passaram por doenças graves como câncer, não podem ser transplantadas. Cada paciente tem por semana três sessões de quatro horas cada.

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