Durante a votação da proposta do Executivo de contrato de programa para concessão dos serviços de abastecimento de água potável e de esgotamento sanitário, os vereadores manifestaram, contrários ou favoráveis, que pensaram no melhor para São Mateus. Na sessão de terça-feira (10), a proposta foi rejeitada com cinco votos contrários e seis a favor. Eram necessários dois terços dos votos a favor para a aprovação do projeto.

Os votos favoráveis foram dos vereadores Francisco Amaro, Paulo Chagas, Jaciara Teixeira, Doda Mendonça, Aquiles Moreira e Antônio Luiz Cardoso, o Temperinho. O presidente Jorginho Recla de Jesus, o Jorginho Cabeção, e os vereadores Carlos Alberto, Jozail Fugulim, Jerri Pereira e Ajalírio Caldeira votaram contrários.

Em mensagem, a Secretaria de Comunicação da Câmara de Vereadores afirma que o presidente Jorginho Cabeção explicou o voto dele com a seguinte fala: “Não vejo a Cesan como solução do problema de saneamento básico e [abastecimento de] água em nossa Cidade. Se pegarmos o exemplo de Vitória, já foram aplicados mais de R$ 25 milhões em multa à Cesan por não cumprimento de deveres. Eu disse ao Ministério Público que, na verdade, estaríamos transferindo o problema e não resolvendo a situação”.

Jorginho entende que passar os serviços para Cesan não resolveria os problemas de saneamento básico do Município. Foto: Ademilson Viana/TC Digital

Em entrevista à Rede TC nesta quarta-feira (11), o vereador Paulo Chagas disse que votou pensando em 130 mil habitantes. “Os fatores que me levaram [a votar a favor] foram as consequências da seca que enfrentamos, a falta de água, de esgoto, de saneamento em São Mateus. Um município de quase 500 anos só ter 3% de esgoto tratado é muito triste” – salientou o vereador.
Paulo Chagas avalia que o Saae não tem condições de resolver os problemas. “Saneamento é um grande passo para que a saúde seja melhorada no Município”, aponta. Ele relata ainda que acompanhou, desde o início, as tratativas com a Cesan, participou das audiências públicas e se convenceu de que a melhor opção seria repassar os serviços para a empresa pública estadual.

Paulo Chagas disse que votou favorável a 130 mil habitantes. Foto: Ademilson Viana/TC Digital

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