JÚLIA BARBON
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A distância entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas intenções de voto caiu de 18 para 9 pontos percentuais em Minas Gerais, segundo pesquisa Quaest divulgada nesta sexta-feira (12).

A preferência dos eleitores mineiros pelo petista diminuiu de 46% para 42% no primeiro turno em relação ao início de julho, enquanto o atual mandatário cresceu de 28% para 33% no mesmo período, acompanhando uma melhora na avaliação de seu governo no estado.

No segundo turno, o movimento foi parecido: Lula desceu de 55% para 49%, e Bolsonaro subiu de 30% para 37%, reduzindo a diferença de 25 para 12 pontos. A tendência é a mesma de São Paulo, onde os dois rivais empataram tecnicamente na última rodada nos dois turnos.

Foram ouvidas 2.000 pessoas acima de 16 anos presencialmente de 6 a 9 de agosto, com margem de erro de dois pontos percentuais. A análise considera a pesquisa estimulada, ou seja, em que os entrevistadores leem os nomes dos concorrentes para o entrevistado.
O levantamento da Quaest é financiado pela corretora de investimentos digital Genial Investimentos, controlada pelo banco Genial, e foi registrado na Justiça eleitoral sob os números MG-09990/2022 e BR-08299/2022.

A sondagem mostra que o crescimento de Bolsonaro entre os mineiros foi praticamente generalizado, mas puxado principalmente por eleitores do interior do estado e da região metropolitana de Belo Horizonte e pelas faixas de idade de 35 a 44 anos e acima dos 60.

O aumento também aparece na população de renda mais baixa (até 2 salários mínimos) e mais alta (mais de 5 salários) –nesse grupo a vantagem dele sobre Lula passou de 4 para 19 pontos no último mês. O presidente agora empata tecnicamente entre os homens, com 41% contra 39% do rival.

A mudança foi significativa ainda entre os evangélicos. Ambos caminhavam juntos até julho, mas Bolsonaro abriu a liderança por 18 pontos, seguindo movimento nacional. O recebimento ou não do Auxílio Brasil não fez tanta diferença nas intenções de voto em Minas, diferentemente de São Paulo.

Já na corrida estadual, o atual governador Romeu Zema (Novo) ampliou sua distância para o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) de 18 para 22 pontos percentuais, também refletindo uma melhora na avaliação de sua gestão, segundo a pesquisa Quaest.

No primeiro turno, ele subiu de 44% para 46%, enquanto o adversário caiu de 26% para 24% (os dois no limite da margem de erro). No segundo turno, Zema passou de 50% para 55%, ao mesmo tempo em que Kalil desceu de 34% para 29%.

O ex-prefeito piorou justamente na capital que administrou (apesar de ainda vencer por ali) e na região metropolitana (onde Zema, que é preferido no interior, agora empatou). O levantamento mostra que Kalil ainda é pouco conhecido: 40% nunca ouviram falar dele, ante 8% do governador.

Uma inversão se dá, no entanto, quando se inclui o apoio dos presidenciáveis na pergunta. A chapa Kalil/Lula dessa vez lidera com 33%, contra 23% de Zema/Felipe d’Avila. O senador Carlos Viana (PL), apoiado por Bolsonaro, também chega a um resultado expressivo de 19%.

A disputa pelo Senado mineiro segue fria, com 90% dos eleitores dizendo não saber ainda em quem votar a menos de 60 dias da eleição, já que todos os candidatos são altamente desconhecidos.

Quando citados os nomes, o deputado estadual Cleitinho Azevedo (PSC) lidera com 19%, seguido pelo senador Alexandre Silveira (PSD, 8%) e a professora Sara Azevedo (PSOL, 6%).

 

 

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