O deputado Vandinho Leite afirma que o presidente da EDP poderá sofrer condução coercitiva por não ter atendido a uma convocação para a reunião da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Espírito Santo. De acordo com mensagem enviada à Rede TC pela assessoria do parlamentar, o diretor presidente da EDP, João Brito Martins, além de não comparecer à reunião, marcada para o dia 3, também não enviou representante da empresa para prestar esclarecimentos sobre o novo laudo da Polícia Civil, “que aponta várias irregularidades cometidas pela EDP Escelsa contra os consumidores capixabas”.

Segundo o deputado, através de nota enviada pela assessoria da EDP, João Brito justifica não acatar a convocação por dois motivos: a convocação de uma empresa privada não está prevista na Constituição do Estado do Espírito Santo e a EDP não pode se manifestar sobre os mencionados laudos do instituto de criminalística da Polícia Civil porque são de caráter sigiloso.

O parlamentar destacou que todas as denúncias e laudos já foram enviados para o Ministério Público do Espírito Santo e que na próxima semana enviará também para a Polícia Federal, por entender que a EDP é uma concessão federal que atua em outros estados. Além disso, também prepara uma forte representação contra a empresa junto a Aneel.

LAUDOS DA POLÍCIA CIVIL
Segundo a assessoria do deputado Vandinho Leite, os laudos da Polícia Civil dizem o seguinte: “A troca de cabos de cobre por cabos de alumínio, que são mais baratos para a concessionária, faz com que os mesmos aqueçam e isso traz perdas, essas perdas resultam no aumento nas contas de energia. O tamanho dos cabos também foi alterado, de vinte e cinco milímetros para dezesseis milímetros. O cabo de alumínio mais fino esquenta mais e pode causar incêndios em áreas populosas, podendo ser considerado uma bomba relógio instalada nas casas dos capixabas”.

Outra reclamação apontada pelo deputado estadual é o Sistema BTZero. “Os relógios são colocados em postes, ou seja, não ficam mais nas residências, o que gera vários problemas. Esse é um sistema de telemedição, que se diferencia do sistema tradicional, pois quanto mais distante a casa for do poste, mais perda e mais se paga”, afirma a assessoria do parlamentar.

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