Estudantes da Escola Ceciliano Abel de Almeida participaram de atividades voltadas para a cultura negra em São Mateus. A culminância do projeto Valorização da Herança Africana no Brasil com um foco na Celebração da Riqueza Cultural Afro-brasileira em São Mateus, envolveu alunos, professores, pedagogos e coordenadores.
De acordo com o orientador do projeto, professor Nilton Ribeiro, a programação contou com atividades e momentos emocionantes, com oito palestras distribuídas ao longo do dia. Ele destaca a participação de Euci Santos Oss, que entre outras atividades, coordena o Conselho Regional da Comunidade Quilombola Divino Espírito Santo. Euci abordou o tema A Beleza da Herança Africana Preservada pelos Moradores da Comunidade Quilombola Divino Espírito Santo. Também teve a participação do ativista e produtor cultural Isnaldo Pereira, que é mobilizador de ações em prol do forró de raiz desde o início da década de 1990 com reflexões sobre as danças que mantêm vivas as tradições do Sapê do Norte.
Segundo Nilton Ribeiro, a quadra da escola se tornou um palco cultural. “A apresentação especial do Jongo São Benedito, conduzida com maestria por Dilzete, a Nêga do Jongo, foi um espetáculo à parte, encantando a todos os presentes. Os alunos do turno matutino emocionaram o público ao dançarem a música Jerusalema e ao apresentarem a tradicional dança Maculelê, arrancando aplausos entusiasmados” – afirma.
O professor Marcos Goes Oliveira fez uma reflexão sobre a trajetória de vida dele. A tarde foi marcada pelo desfile da Beleza Negra, danças e capoeira que uniu alunos e professores.
Forró pé de serra e trabalhos manuais
O professor Nilton Ribeiro detalha que nos dois turnos, matutino e vespertino, aconteceram apresentações com a participação de praticantes do forró e do Grupo Forrozeiros de Sama. “Com treinos livres de forró pé de serra e muita dança, professores e alunos se uniram em um momento de pura diversão. A energia foi contagiante, transformando a quadra em um espaço de alegria e integração que envolveu a todos. Foi, sem dúvida, um momento marcante de engajamento e celebração” – reforça.
Além das palestras e apresentações, Nilton Ribeiro destaca que foram expostos trabalhos manuais confeccionados pelos alunos sob a orientação das professoras Kátia de Souza Fernandes Dias, Marilene Neres Batista e Aderlí Valeriano Bispo. O encerramento das atividades em alusão à cultura negra foi com sorteio de brindes.
“Foi um momento único, de grande riqueza cultural, onde se buscou conscientizar a todos sobre a importância de valorizar a herança africana no Brasil, com destaque para as tradições e histórias que tornam São Mateus um símbolo dessa riqueza” – complementa.
Foto do destaque: Divulgação