A suspensão de bolsas vinculadas aos projetos especiais de apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Paepe) I e II, à iniciação científica e à extensão não atingiu, a princípio, o pagamento dos auxílios estudantis concedidos aos estudantes beneficiados no Programa de Assistência Estudantil. Entretanto, a chefe da Divisão de Atenção à Saúde e Assistência Social, Maria do Socorro Dias Cavalcanti, está preocupada e teme que novos cortes aconteçam e afetem os estudantes de baixa renda que recebem estes benefícios para se manterem no Ceunes.
Maria do Socorro salienta que um dos critérios de avaliação no processo seletivo para as bolsas Paepe I e Paepe II levam em consideração a vulnerabilidade social. Desta forma, ela frisa que acadêmicos carentes ficam prejudicados com a suspensão das bolsas anunciadas segunda-feira (2) pela Ufes em virtude dos cortes orçamentários impostos pelo Ministério da Educação às instituições federais de ensino superior.
Para Maria do Socorro, a situação ficará ainda mais grave se novos cortes forem anunciados, atingindo os auxílios estudantis, principalmente no Ceunes. Ela estima que 47% dos estudantes do campus de São Mateus recebem assistência estudantil, que são auxílios de transporte, moradia e de materiais estudantis. Quem recebe os três ganha R$ 343,75.
Além disso, salienta que 50% das verbas destinadas a assistência estudantil são para o Restaurante Universitário, para benefício de 100% na alimentação dos alunos assistidos. Sem esses auxílios, a chefe de divisão acredita que a permanência dos estudantes na universidade ficaria inviabilizada.
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