Tudo indica que nesta temporada haverá recorde de desovas e ninhos da tartaruga marinha da espécie cabeçuda (Caretta caretta). A informação é do Projeto Tamar, fruto da união de esforços entre o Centro Tamar-ICMBio e a Fundação Pró-Tamar. “As flutuações ano a ano são comuns e a última temporada que teve número de desovas recorde foi a de 2015-2016”, ressalta a assessoria, em mensagem à Rede TC.

Coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Tartarugas Marinhas e Biodiversidade Marinha do Leste, Joca Thomé ressalta que já houve registros de ninhos colocados por fêmeas na Praia da Costa, em Vila Velha, e na Ilha do Boi, em Vitória. “Mesmo sabendo que a tartaruga marinha costuma ter uma fidelidade em relação à praia onde desova, e há predomínio no caso do Espírito Santo dessas desovas se darem no [centro-]norte do Estado, especialmente na região da foz do Rio Doce, pode eventualmente ocorrer de as fêmeas fazerem seus ninhos em outras praias”, explica Ana Marcondes, coordenadora regional do Projeto Tamar.

Com isso, o coordenador reforça a importância da participação social nesta temporada 2018-2019, que segundo ele “já está com desovas até agora acima da média”. A participação da sociedade é considerada importante, de banhistas, ongs e prefeituras. Basta ao encontrar um ninho numa praia considerada mais urbana, acionar o Projeto Tamar, para que o mesmo faça a devida identificação do ninho. “Após identificado é importante que a sociedade respeite esse espaço demarcado, não pisando/andando sobre a área ou mesmo colocando cadeiras de praias. Caso alguém presencie a eclosão de um ninho com filhotes, basta acionar o Projeto Tamar”, explica Joca.

O QUE FAZER?
Caso um filhote seja encontrado na praia, ou mesmo em calçada/rua, o cidadão deve colocá-lo na areia da praia próximo ao mar. Se encontrar filhotes nascendo no ninho também deve direcioná-los ao mar, longe de qualquer foco de luz, como a de postes e de residências, que pode desorientá-los. Caso encontrem alguma tartaruga ou filhote debilitado, as pessoas devem entrar em contato com o Projeto Tamar, para que uma equipe vá ao local e efetue o resgate do animal.

Nos casos de ninhos mal posicionados, antes era comum eles serem realocados por se tratar de área de muito uso, como uma praia predominantemente urbana. Mas a consciência da população –de proteger esses animais– mudou significativamente, reforça o Projeto Tamar.

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