segunda-feira, dezembro 9, 2024
InícioCidadesSuspeito de agiotagem, extorsão e lavagem de dinheiro é preso pela Polícia...

Suspeito de agiotagem, extorsão e lavagem de dinheiro é preso pela Polícia Civil em São Mateus

-

A Polícia Civil do Espírito Santo, por meio da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de São Mateus, concluiu, nessa sexta-feira (08), o inquérito que investigou um esquema de agiotagem, extorsão e lavagem de dinheiro comandado por um casal que atuava no Norte do Estado. “As investigações revelaram que as vítimas eram ameaçadas de morte quando não conseguiam quitar suas dívidas, sendo forçadas, sob grave ameaça, a transferir bens móveis e imóveis como garantia para os suspeitos”, detalha a PCES.

A Operação Aggio, deflagrada no último dia 01º, levou à prisão de um dos suspeitos e à apreensão de veículos, documentos, dinheiro, armas e dispositivos eletrônicos, além do bloqueio de contas bancárias e rastreamento de mais de mil transações de criptoativos.

Em entrevista coletiva na Chefiatura da Polícia Civil do Espírito Santo, o delegado José Eustáquio, titular da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (deic) de São Mateus, relatou que a investigação iniciou apurando crimes de extorsão e agiotagem, mas foi possível identificar uma empresa que estava conectadas aos suspeitos que faziam movimentação atípica, de um valor 214 vezes maior que o faturamento declarado.

Leia também:   Motociclista morre em acidente em Barra de São Francisco

“As vítimas davam como garantia imóveis e veículos para servir como garantia das dívidas recorrentes da agiotagem. E quando não havia o pagamento, eles extorquiam a vítima, fazendo graves ameaças, forçando-as a transferir esses bens para a empresa ou para as pessoas físicas indiciadas. A gente notou também a necessidade de bloquear cinco veículos, pediu sequestro de cinco veículos, dois efetivamente foram apreendidos e também bloqueio de 23 contas bancárias que eram utilizadas pelos indiciados” – relata.

CRIPTOATIVOS

O delegado disse que também foi apurada a movimentação de pelo menos 1.000 transações de criptoativos. Outro ponto que despertou a atenção da Polícia Civil é que não havia placas identificando o escritório da empresa, fato considerado incomum pela movimentação financeira constatada.

Mandados

O delegado José Eustáquio detalha que a partir do momento que a Polícia Civil encontrou o escritório da empresa, que era muito discreto, foram realizadas buscas, resultando na apreensão de documentos de contratos de compra e venda, a maioria de gaveta.

Os policiais ainda prenderam um suspeito, encontrado numa rodovia, que no momento portava uma arma de fogo. “Ele tinha o registro dela, mas não tinha o porte”, explica.

Leia também:   Jovem morre afogado em lagoa de Linhares

O homem foi indiciado pelo crime de lavagem de capitais com causa de aumento decorrente de movimentação de ativos digitais, pelo crime de usura e pelo crime de extorsão. A esposa dele também foi indiciada, por lavagem de capitais com a causa de aumento pela utilização de ativos digitais e pelo crime de usura, mas responde em liberdade.

O delegado acrescentou que duas vítimas foram identificadas na investigação.

Ainda participaram da entrevista coletiva, o delegado-geral da PCES, José Darcy Arruda, o superintendente de Polícia Regional Norte (SPRN), delegado Fabrício Dutra, e o chefe da 18ª Delegacia Regional de São Mateus, delegado Isaac Gagno.

MAIS...

Recentes

error: Função indisponível