A pandemia do novo coronavírus mudou os planos, a data, alterou a forma, mas o amor e o sonho do matrimônio prevalecem. Bons exemplos vêm de dois casais cujas histórias foram relatadas por eles à Rede TC: Caio Henrique Almeida Maia e Joana Francisca Pereira Maia, Clayton Raynan dos Santos e Nayanne da Silva Lima.
Primeiro vamos contar a história de Caio e Joana que se casariam em abril, com oficialização no cartório de registro civil, cerimônia religiosa e festa. No entanto, a pandemia fez os dois adiarem o casamento no civil para 18 de julho e cancelar o restante da programação.
“Não era como a gente tinha planejado, mas estamos felizes, independente de festa ou não, começamos a viver da forma que a gente queria”, frisou Caio. Os dois vivem um sonho iniciado há quase quatro anos, quando se conheceram na Igreja Maranata, em São Mateus.
Há um ano, Joana, 35 anos, mudou-se para Vitória para trabalhar como técnica administrativa na Universidade Federal do Espírito Santo. O vendedor externo Caio, 24, conseguiu transferência em março deste ano para a Capital. E após o casamento no civil iniciaram a vida matrimonial.
Seguindo a doutrina da igreja, eles não poderão contar mais com a cerimônia religiosa como queriam. Sobre a festa de casamento, Caio relatou que estão estudando a possibilidade de fazê-la quando completarem o primeiro aniversário do matrimônio. Outra possibilidade é festejar a data no aniversário do filho, pois a gestação é o novo sonho do casal, que ainda está por ser concretizado.
Nayanne e Clayton mantêm o sonho da cerimônia religiosa
Mantendo o sonho de seguir a doutrina da igreja Congregação Cristã no Brasil, a assessora de vendas Nayanne, de 21 anos, e o estudante universitário Clayton, de 24, resolveram adiar o casamento que estava marcado para o dia 25 de julho. Os dois namoram há um ano e oito meses.
Nayanne relata que a doutrina determina que as cerimônias no civil, religiosa e a festa precisam ser realizadas no mesmo período. Por esse motivo, primeiro decidiram adiar para setembro, depois para novembro e agora o casamento está marcado para 2 de janeiro de 2021.
Conforme disse Nayanne, as duas famílias têm aproximadamente 150 convidados e o casal pretende que todos estejam presentes no momento mais marcante da vida deles. Por isso, rechaçam a ideia de algo mais restrito, como está sendo o protocolo dos casamentos durante a pandemia.
Maioria das festas adiada para o ano que vem
Tabelião no Cartório de Registro Civil do Centro de São Mateus, Pedro Ari Real Afonso frisou que a procura para o casamento no civil não teve muita alteração em relação ao período pré-pandemia do novo coronavírus. Ele afirma que algumas medidas de segurança foram tomadas, com a participação de apenas duas testemunhas e todos usando máscaras. Além disso, os casamentos ocorrem de terça a sexta-feira, sendo possível até quatro uniões por dia.
Os casamentos estão ocorrendo, mas os noivos mudaram o planejamento das cerimônias religiosas e festas. Cerimonialista, Tatiana Bassetti relatou que está liberado festas mais restritas e ela já tem duas marcadas em outubro e novembro, para no máximo 30 pessoas. Essas comemorações mais restritas estão sendo denominadas de mini wedding, que tradução livre significa pequeno casamento.
As cerimônias religiosas, também restritas, já estão sendo permitidas. Entretanto, Tatiana destaca que a maioria dos casais preferiram adiar o evento para 2021.
Doceira, Sandra Pinto frisa que, com a pandemia, as encomendas para casamento estão ocorrendo para comemorações familiares de no máximo 20 pessoas. Já as festas maiores, de 200 e 330 convidados, que já estavam agendadas foram todas adiadas para o ano que vem.
Gestora da Balão Festas, que também trabalha com decoração de casamentos, Carla Zancanela Fontes detalha que quem manteve o casamento no civil tem procurado decorações simples, como uma mesa, jarra e um pequeno fundo, para marcar a data. Outros têm preferido alugar os ornamentos. Ela também observa que festas maiores foram mesmo adiadas para 2021.