SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Novas fotos do Sol mostram detalhes da estrela até então inéditos e podem ser úteis para pesquisas científicas. As imagens foram capturadas há aproximadamente um mês e divulgadas recentemente pela Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).

Foi do satélite Solar Orbiter –fruto de uma missão espacial conjunta entre a ESA e a Nasa (a agência espacial americana)– que as imagens foram tiradas. No momento da captura, o satélite estava no meio do caminho entre a Terra e o Sol, numa distância aproximada de 75 milhões de km.

As imagens foram capturadas por dois telescópios que se encontram no Solar Orbiter.
Um deles foi o EUI (telescópio de imagem ultravioleta extrema, em português), que capturou a foto de maior resolução de todo o Sol e da chamada coroa, a atmosfera externa do corpo celeste.

Foto: ESA & Nasa/Solar Orbiter/EUI team; Data processing: E. Kraaikamp (ROB)

A imagem é tão grande que precisou de mais de quatro horas para ser completamente registrada. No final, ela tem mais de 83 milhões de pixels –resolução que ultrapassa em dez vezes a qualidade que uma tela 4K pode exibir.
Os detalhes da foto podem ser observados no site da ESA.

O outro equipamento que colaborou para as imagens surpreendentes foi o Spice (telescópio de imagens espectrais do ambiente coronal), que consegue capturar as diferentes camadas atmosféricas do Sol, indo desde a coroa até a cromosfera, parte que se aproxima da superfície da estrela.

Segundo a ESA, essas novas imagens que consideram os variados estratos da atmosfera solar podem colaborar com cientistas que procuram entender erupções que acontecem na coroa através das camadas atmosféricas inferiores.

Além disso, as fotos podem ser úteis para entender o fenômeno de por que a temperatura continua subindo em algumas camadas da atmosfera solar.

Atualmente, o Solar Orbiter se encontra na órbita de Mercúrio e continua tirando imagens do Sol. O satélite também está observando os ventos solares, de partículas que saem da estrela.

Para o futuro, no entanto, as expectativas são maiores: espera-se que o Solar Orbiter chegue bem próximo do Sol e que também capture imagens das regiões polares, que ainda não foram registradas.

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