SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os estragos causados pelas fortes chuvas que atingem parte do Espírito Santo já forçaram 10.089 pessoas a deixarem suas casas, mesmo que temporariamente. Nove pessoas já perderam a vida no estado desde que as chuvas se intensificaram, no último dia 17.
Segundo a Sesp (Secretaria estadual da Segurança Pública e Defesa Social), até as 11h desta segunda-feira (27), havia 8.777 pessoas desalojadas, que tiveram que deixar suas casas e se abrigar na casa de parentes, amigos ou buscar outras opções temporárias.

Cidade de Iúna ficou alagada. Foto: Reprodução

Já os desabrigados, que precisam de auxílio do governo, eram, até aquele momento, 1.312, e estão acomodados provisoriamente em abrigos públicos improvisados, na maioria dos casos, em escolas ou igrejas. As informações são da Agência Brasil.
Nem todos os novos casos registrados são de pessoas afetadas nas últimas horas. Como a relação é feita pela Sesp, e as prefeituras demoram algum tempo a comunicar as ocorrências registradas, algumas destas pessoas podem ter sido obrigadas a deixar suas casas logo nos primeiros dias de chuva forte
De acordo com a Defesa Civil, o tempo continua instável nesta segunda, com previsão de pancadas de chuva em todas as regiões, embora menos frequentemente no litoral norte do estado.
Com base em dados do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), a Defesa Civil estadual também alerta para o alto risco de novos deslizamentos de terra entre essas segunda e terça-feira (28), devido à continuidade das chuvas e ao fato de o solo estar muito encharcado.
A região sul do estado continua sendo a mais afetada. Em Alegre, a cerca de 200 km de Vitória, já foram registrados 2.300 desalojados e 250 desabrigados.

Barragem Francisco Gros tem risco de rompimento. Foto: Reprodução

Além disso, as autoridades monitoram ininterruptamente a situação da barragem Francisco Gros, também conhecida como São João. A empresa responsável, a Statkraft, reconheceu o risco de rompimento e decretou situação de emergência, segundo a prefeitura local.
Em Alfredo Chaves, há 1.984 pessoas desalojados. Em Iconha, 1.919 pessoas estão na mesma situação e outros 58 moradores da cidade tiveram que ser levados para abrigos improvisados em igrejas. Em Vargem Alta, há 1.051 pessoas desalojadas e 58 desabrigadas. As três cidades, além de Rio Novo do Sul, decretaram estado de calamidade pública -situação já reconhecida pelos governos estaduais e federal.
Uma vez reconhecida a situação de emergência ou o estado de calamidade pública, os gestores municipais e estaduais podem contratar serviços temporários e efetuar compras consideradas essenciais para o enfrentamento da situação sem a obrigatoriedade de realizar processo licitatório.
O reconhecimento federal da situação de emergência também permite às prefeituras pedir recursos da União para ações de socorro, assistência às vítimas, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução.
Além disso, os moradores de áreas afetadas diretamente prejudicados podem acessar mais facilmente a alguns benefícios sociais e auxílios, inclusive financeiros, oferecidos pelos governos municipais, estaduais e federais.

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