Os sintomas do autismo infantil já podem ser observados na criança antes mesmo dos três anos de idade. Por esse motivo, a psiquiatra Izabela Corrêa Valani alerta aos pais para que fiquem atentos aos comportamentos dos filhos. Apesar de o autismo não ter cura, a psiquiatra frisa que o tratamento precoce possibilita melhorias no comportamento e na comunicação do autista.

O autismo se caracteriza por déficit qualitativo na interação social recíproca, nas habilidades de comunicação e padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamento. A médica salienta que o autismo é mais frequente no sexo masculino. Ela pondera que as causas ainda não estão muito claras para a ciência.

Isabela aponta que as crianças com autismo evitam, ou não gostam, de contato físico, preferem brincar sozinhas, brincam de forma diferente da função original dos brinquedos, não gostam de brincadeiras como esconde-esconde, de esconder e mostrar o rosto e de faz-de-conta, por exemplo.

A médica acrescenta outros sintomas, como não usar os dedos para apontar e pedir alguma coisa, não olhar de forma prolongada sobre algo ou alguém, ser sensível ao barulho, não sorrir em resposta ao sorriso de outra pessoa, não fazer imitações. De acordo com ela, o autista ainda parece não ouvir quando chamado pelo nome, tem atraso em andar e em falar, faz movimentos estranhos com os dedos perto do rosto, não tenta atrair a atenção das outras pessoas, parece aérea, “olhando para o nada”, e é resistente a mudanças ambientais, além de também poder ter agressividade.

Mesmo que alguns sintomas possam ser observados antes dos três anos, Izabela salienta que o diagnóstico poderá ser fechado depois deste período, quando as demais características forem identificadas. Ela explica que alguns sintomas que surgirem de forma específica podem ser diagnosticados como de outros problemas, como esquizofrenia com início na infância, retardo mental com sintomas comportamentais, transtorno misto de linguagem receptivo-expressivo, afasia adquirida com convulsão, surdez congênita ou prejuízo auditivo grave, privação psicossocial.

O tratamento do autismo é multidisciplinar e envolve escola, médico, fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional. Os pais também devem ser treinados sobre como lidar com os filhos.

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