THIAGO RESENDE
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O Senado aprovou nesta quinta-feira (3) a liberação de R$ 1,9 bilhão para a compra e a produção de 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 que está sendo desenvolvida pela farmacêutica britânica AstraZeneca e a Universidade Oxford, no Reino Unido.

A parceria do Ministério da Saúde com as fabricantes foi anunciada em junho. Em agosto, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) publicou uma medida provisória abrindo espaço no Orçamento no valor de R$ 1,9 bilhão.

O acordo envolve a importação da matéria-prima e transferência de tecnologia para a produção da vacina, que será finalizada pela Fiocruz.

Segundo o governo, dos quase R$ 2 bilhões previstos na medida provisória, R$ 1,3 bilhão serão destinado à AstraZeneca para pagamentos de encomenda tecnológica. A Fiocriz ficará com R$ 95,6 milhões para investimentos e absorção da tecnologia de produção da vacina.

Além disso, R$ 522,1 milhões serão repassados à BioManguinhos, laboratório da Fiocruz.

Uma medida provisória passa a valer assim que é publicada, mas precisa do aval da Câmara e do Senado em 120 dias.

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A proposta foi aprovada por votação simbólica no Senado, inclusive com o apoio da oposição a Bolsonaro. O texto segue agora para sanção presidencial.

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacinação contra a Covid-19 no Brasil deve começar com profissionais da saúde, idosos a partir de 75 anos, população indígena e quem tem mais de 60 anos e vive viva em asilos ou instituições psiquiátricas. A data de início da campanha não foi divulgada, mas a previsão é que ele ocorra entre março e junho.

Apesar de a vacina ser desenvolvida por farmacêutica e universidade britânicas, o Reino Unido aprovou na quarta-feira a vacina da americana Pfizer e da empresa alemã BioNTech.

Foi a primeira nação do mundo a aprovar uma vacina contra a Covid-19 pelos protocolos usuais, após a conclusão de testes e a divulgação de resultados de eficácia.

O entusiasmo com o imunizante da Universidade de Oxford caiu por terra após os cientistas admitirem erros na dose de vacina recebida por alguns participantes em seus estudos e a necessidade da realização de novos estudos.

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