MARINHO SALDANHA
PORTO ALEGRE, RS (UOL/FOLHAPRESS) – É inegável que, nos últimos anos, o Internacional tinha um líder. Ainda que outros jogadores tivessem relevância interna, falar do grupo era citar D’Alessandro. O meia argentino, porém, deixou o clube colorado ao fim de seu contrato, em dezembro do ano passado.

Menos de um mês depois, o que chama atenção é a liderança coletiva que se formou no vestiário, e, sem novos ícones, o grupo segue no objetivo de conquistar o Campeonato Brasileiro.

D’Alessandro foi fundamental ao longo de todos os mais de dez anos que passou pelo time colorado. Sua presença nos elencos sempre foi positiva, dentro e fora de campo. Tanto que, no anúncio da saída, criou-se uma expectativa sobre quem assumiria o posto de líder do elenco –e veio a divisão de responsabilidades.

Personalidades já importantes nos bastidores tomaram ainda mais espaço. Uma delas é o goleiro Danilo Fernandes. Ainda que não seja titular há bastante tempo, é o jogador de 32 anos quem repetidamente pede a palavra para apoiar colegas, solicitar atenção e fortalecer uniões.

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Entre os jogadores de linha, Edenilson, Patrick, Galhardo e Cuesta são participativos no objetivo de “puxar o grupo”.

Antes do Gre-Nal, por exemplo, quem pediu a palavra foi Moisés. “Os caras estão engasgados há muito tempo, já. De hoje não passa, de hoje não passa”, dizia se referindo ao Grêmio, aos gritos, ao lado de Dourado, no vestiário. Danilo Fernandes, como de costume, e Rodinei também falaram.

Rodrigo Dourado foi quem herdou a braçadeira de capitão, mas comanda os companheiros de uma forma bem diferente de D’Ale. É raro ver o volante envolvido em discussões mais ríspidas.

No Gre-Nal, por exemplo, no qual tantas vezes D’Ale esteve em “bolinhos” de jogadores após faltas ou discussões com árbitros, o marcador pouco foi visto em momentos que não os de jogo.

Dourado é um líder silencioso, que conversa com seus colegas em tom mais baixo, evita polêmicas, mas ocupa também seu espaço no comando democrático do Inter.

Por fim, Rodinei lidera a turma dos que deixam o ambiente mais leve. O lateral direito emprestado pelo Flamengo é querido por todos pelo bom humor. Sempre sorridente, faz piadas, conta histórias, traz os jovens para o ambiente dos mais velhos.

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No mesmo grupo está Abel Hernández, que não fala tanto quanto Rodinei, mas já ganhou a simpatia dos demais atletas.

“Este grupo é maravilhoso. Nunca tivemos problema de soberba, e não é agora que vamos ter. Eu não falo em individualidade, sempre falo no grupo. E é o que queremos, o grupo vibrando, se ajudando. É o que temos visto”, disse o técnico Abel Braga.

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