Manchas na pele, sensação de formigamento, dormência e outras alterações de sensibilidade em determinadas áreas do corpo. Esses são sintomas da hanseníase. A doença infecciosa tem 29 pessoas em tratamento em São Mateus. O dado foi apresentado nesta quarta-feira (4) pela coordenadora do Programa Municipal de Controle da Hanseníase, Mariza Dias da Rocha, no primeiro dia em São Mateus do projeto Roda-Hans, do Ministério da Saúde, junto com a Novartis e Ong Dahw Brasil.

A carreta do projeto Roda-Hans fica até nesta quinta-feira em São Mateus. Foto: Wellington Prado/TC Digital

Em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde e Prefeitura, o projeto que roda o Brasil está com uma carreta na Rua Barão dos Aymorés, próximo do Mirante e da Praça Municipal, no Centro. Com orientações, diagnóstico, início imediato de tratamento e avaliação de incapacidade de pacientes de hanseníase, o atendimento começou nesta quarta-feira (4) até 16h e termina nesta quinta-feira (5), às 14h, com início às 8h. Estão presentes uma monitora do Ministério da Saúde e médicos e enfermeiros do Município, que também recebem treinamento.

Mariza detalha que foram notificados 22 novos casos de hanseníase em São Mateus em 2019. O número de 29 pessoas em tratamento é porque sete delas já vêm de tratamento desde 2018, quando foram registrados 19 casos. Mariza ressalta que todas as unidades de saúde estão capacitadas a diagnosticar a doença e a iniciar o tratamento.

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Referência técnica do Ministério da Saúde, a médica Celijane Melo Rodrigues detalha que a hanseníase é causada por bactéria. Ela salienta que as pessoas que apresentarem sintomas como dormência, formigamento, manchas que não coçam, fraqueza muscular e sentirem que determinada área está mais grossa devem procurar a unidade de saúde mais próxima para fazer um teste.

O tratamento é oral, com comprimidos, “medicamentos gratuitos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde”. O tratamento geralmente é de seis meses e um ano. No entanto, a médica ressalva que em alguns casos é necessário estender para até dois anos.

Celijane pondera a necessidade de um diagnóstico precoce e de seguir corretamente o tratamento. Caso isso não ocorra, ela frisa que a bactéria que primeiro acomete os nervinhos da pele avançará para nervos periféricos. Esses nervos podem ter destruição e a pessoa perder movimentos de membros superiores e inferiores, causando incapacidade física.

A equipe de profissionais de São Mateus passa por treinamento e ainda atende na carreta Roda-Hans. Foto: Wellington Prado/TC Digital

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