RAFAEL SERRA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Se a impressionante virada por 4 a 3 do Goiás sobre o Santos, no último domingo (24), na Vila Belmiro, tem alguma explicação lógica, ela passa obrigatoriamente pela fragilidade defensiva do time de Cuca nas bolas paradas.

Atualmente 10º colocado no Brasileirão, o Peixe é a segunda equipe mais vazada da competição em jogadas desse tipo, com 22 gols sofridos, tendo números melhores apenas que os do Bahia.

Para piorar, o Alvinegro sofreu três tentos dessa forma nos 90 minutos diante do Esmeraldino –dois em escanteios e um de pênalti. Assim, viu sua maior deficiência ser exposta ao Palmeiras menos de uma semana antes da final da Libertadores, que será disputada contra o rival, no sábado (30), no Maracanã.

Por isso, mesmo mandando uma equipe reserva a campo no Mineirão, nesta terça (26), às 20h, diante do perigoso Atlético-MG, no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro, o comandante terá uma última chance para tentar corrigir ou ao menos amenizar o problema. Dos titulares, apenas o goleiro John, recuperado de Covid-19, viajou para a partida.

Questionado após a derrota pelo Brasileirão, Cuca procurou minimizar a situação. “Foi desatenção, mas temos trabalhado bem essas situações, sabemos que eles jogam muito em função da bola aérea, o primeiro gol nem foi difícil, a gente que posicionou mal, um erro de posicionamento e aí o erro do treinador, cabe a mim mudar isso”, comentou o treinador.

O técnico santista também se mostrou aliviado pelo fato de os erros terem aparecido a tempo de poderem ser trabalhados com a equipe antes da aguardada decisão continental.

“Estou tranquilo e consciente porque uma derrota, por pior que ela seja, pode significar mais que uma má vitória. Poderei trabalhar coisas que não trabalharia na vitória. Serei mais humilde ainda durante a semana e tirarei deles o máximo, quando a vitória, às vezes, não dá essa chance. O que a gente trabalha meia hora, trabalharemos uma. Agradeço a Deus por esse momento, que pode ser um alerta para fazer diferente. E vamos fazer”, ressaltou.

Vindo de duas derrotas consecutivas -para Fortaleza e Goiás-, o Santos ainda tem pretensões no Brasileirão, mas a situação ficou complicada. Com 45 pontos, a equipe paulista ocupa o décimo lugar e está cinco pontos atrás da zona de classificação para a Libertadores, que no momento é fechada pelo Fluminense.

Do outro lado, o Atlético-MG também não vive bom momento. O time de Jorge Sampaoli tinha tudo para encostar na liderança, mas vacilou fora de casa nas duas últimas rodadas, com empate diante do Grêmio e derrota para o Vasco.

Esses resultados deixaram o Galo estacionado com 54 pontos. Se vencer o Santos, ainda ficará cinco pontos atrás do Internacional e sem confronto direto pela frente.

Para a partida, Réver deve retomar a titularidade em lugar de Gabriel. No ataque, Eduardo Vargas pode perder a posição de centroavante para Eduardo Sasha.

ATLÉTICO-MG
Everson; Guga, Réver (Gabriel), Junior Alonso, Guilherme Arana; Jair, Allan, Hyoran; Savarino, Eduardo Vargas, Keno. T.: Jorge Sampaoli

SANTOS
John; Madson, Laércio (Luiz Felipe), Alex, Wagner Leonardo; Vinicius Balieiro, Guilherme Nunes, Jean Mota; Tailson, Marcos Leonardo, Arthur Gomes. T.: Cuca

Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Horário: 20h desta terça-feira
Juiz: Paulo Roberto Alves Júnior (PR)

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