quinta-feira, abril 17, 2025
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Saiba para onde ligar e pedir ajuda em caso de emergência

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Em situações de emergência, como incêndio, roubo ou mesmo de crime contra a vida, quais as instituições devem ser procuradas e quais as informações precisam ser passadas para que o encaminhamento possar ser o mais adequado? Essa dúvida é recorrente nas rodas de conversa quando o assunto é a busca por socorro. Por este motivo, a Rede TC de Comunicações reuniu informações dos órgãos de segurança pública para tirar qualquer dúvida sobre o tema.

No Espírito Santo, existem vários contatos telefônicos disponíveis à população para tratar de chamados correlacionados como 181, 190, 192 e 193. Cada um possui finalidade distinta.

Em situações que envolvem a segurança pública –como denúncia de crime ou situação de perigo potencial–, por exemplo, a Polícia Militar do Espírito Santo (PMES) orienta que o contato deve ser feito por meio do telefone 190. Dentre as principais ocorrências que a polícia deve ser acionada “estão crimes em andamento, ameaças, agressões, violência doméstica, perturbação do sossego, acidentes de trânsito com vítimas [feridas], e demais situações que exijam a presença policial para garantir a ordem e a segurança da população”.

Os serviços de prestação de socorro à população no Espírito Santo têm atuações específicas. O Samu, por exemplo, atende pacientes com suspeita de AVC, infarto ou que tenham sofrido afogamento, acidente automobilístico, queimaduras, descarga elétrica, ou seja, em situações de urgência e emergência.
Foto: Claudio Caterinque/TC Digital

Por meio de nota, a PMES explicou que, ao entrar em contato por meio do 190, é essencial que o cidadão tenha informações precisas, claras e objetiva para agilizar o atendimento. As principais são as seguintes: descrição do fato, endereço completo ou ponto de referência, características dos suspeitos ou veículos envolvidos, vítimas e estado de saúde.

Registro na Polícia Civil é importante

 

Já a Polícia Civil do Espírito Santo aconselha às vítimas de qualquer tipo de crime a registrarem as ocorrências em qualquer delegacia, “a fim de identificar os suspeitos e aplicar a devida punição”.

A PCES esclareceu que, diferentemente da Polícia Militar, nenhuma equipe é acionada diretamente pela população para comparecer a um local de crime. O trabalho é feito após o registro do boletim de ocorrência nas unidades policiais. No entanto, reforça a importância do Disque-Denúncia, acionado pelo 181.

“O Disque-Denúncia é uma ferramenta crucial para a população auxiliar a polícia, fornecendo informações que possam levar à prisão dos criminosos, disponível também na internet. O anonimato é garantido e todas as informações fornecidas são investigadas minuciosamente” – frisou, por meio de nota.

 

Samu deve ser acionado somente em casos de urgência e emergência

 

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) pode ter a atuação facilmente confundida com a do Corpo de Bombeiros e também do serviço prestado pela Central de Ambulâncias. A observação é do gerente do Samu na Região Norte do Espírito Santo, Fernando Eduardo Pezzin.

Em entrevista à Rede TC de Comunicações, ele pontua que o Samu deve ser acionado para atendimentos aos pacientes com suspeita de AVC, infarto ou que tenham sofrido afogamento, acidente automobilístico, queimaduras, descarga elétrica, ou seja, em situações de urgência e emergência. “O Samu pode ser acionado pelo 192, funciona 24h por dia de forma gratuita”, sustenta o gerente.

Fernando explica também que, quando o cidadão aciona o 192, o chamado é direcionado para uma Central de Regulação, localizada no município da Serra, que, após triagem, faz a liberação da viatura para atender ao ocorrido.

“O técnico de regulação médica acolhe as informações essenciais na central. [Registra] nome da vítima, endereço e ponto de referência. Para ajudar no atendimento, pela Lei 2.048, esse profissional tem dois minutos para coletar esses dados. Depois disso, transfere para um médico regulador dentro da central de regulação. O médico conversa com o usuário do sistema para entender se a pessoa [que precisa de atendimento] está lucida, orientada e verbalizando. Ou seja, realiza um questionamento com o solicitante para obter mais informações e, após esse entendimento, aciona uma unidade” – explica Fernando.

 

Central de ambulâncias fornece transporte para acamados e pessoas com mobilidade reduzida

 

A Central de Ambulâncias, por sua vez, fornece o transporte de pessoas para a realização de procedimentos em unidades de saúde, a exemplo de acamados, com mobilidade reduzida que necessitam de ambulância, com atendimentos eletivos ou programados. A explicação é do coordenador da Central de Ambulâncias de São Mateus, Bruno Motta.

“Muitas pessoas confundem com urgência e emergência, que é [de responsabilidade] do Samu. Por exemplo, uma pessoa sofreu um mal súbito em casa, mas as nossas ambulâncias não são preparadas e não temos recursos para dar o atendimento pré-hospitalar. Antes, eram as ambulâncias que faziam tudo. Mas desde a implantação do Samu, isso mudou e agora quem faz esse tipo de transporte de urgência e emergência é o Samu. Nós atendemos aos programados e eletivos” – detalha.

De acordo com Bruno, os pacientes que necessitam de transporte para acessarem aos atendimentos nas unidades de saúde podem agendar o serviço por ligação ou por mensagem no WhatsApp no telefone 27 9.9719.9382, ou de forma presencial na Central de Ambulâncias, localizada na Avenida José Tozze, no Centro.

“[O contato] é muito simples. Só fazer a solicitação informando o local de saída e o destino da consulta do paciente” – sustenta.

 

BOMBEIROS

O coordenador dos Bombeiros no Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes), capitão Torquato, orienta que o acionamento das equipes da corporação pelo 193 é direcionado para ocorrências envolvendo vidas humanas, animais em perigo, como cães e gatos, e assuntos relacionados à Defesa Civil. Em acidente envolvendo algum ripo de trauma, as vítimas são atendidas pelo Samu.

“[O cidadão] ligando no 193 ou 190, o atendente, treinado para essas demandas da população, vai identificar o tipo de emergência e direcionar para a agência específica. O número dos Bombeiros é o 193. Para facilitar o atendimento, é preciso passar o endereço de forma clara, com referência, em caso de acidentes indicarem o número de vítimas e, em se tratando de incêndios, [o cidadão deve] informar o tipo de edificação e de vegetação” – reforça.

 

Chamadas falsas representam mais de 5% do total de acionamentos

 

O Ciodes acompanha os chamados falsos, os conhecidos trotes, que acontecem tanto no Corpo de Bombeiros, quanto nas polícias Militar e Civil. De acordo com o Centro, no ano passado foram registrados 163.950 trotes, de um total de 2.906.342 chamadas, o que representa mais de 5% dos acionamentos.

“O Ciodes conta com um protocolo de confirmação de ocorrências que reduz os danos causados pelos trotes, evitando assim o envio de recursos de maneira desnecessária. Passar trote para os números de emergência é crime, conforme o artigo 266 do Código Penal Brasileiro, com pena de um a seis meses de detenção” – afirma o capitão Torquato.

Já a Polícia Militar destaca a importância do uso responsável dos canais de emergência. “Contamos com o apoio da população para garantir um atendimento mais eficiente e ágil a quem realmente precisa. Infelizmente, recebemos diariamente um número significativo de chamados falsos, os conhecidos trotes, impactando diretamente no tempo de resposta às ocorrências reais. Essa prática traz prejuízos graves, desviando recursos que poderiam estar sendo utilizados em atendimentos legítimos e colocando em risco a vida de pessoas que realmente necessitam da assistência policial” – reforça.

Ainda em relação aos problemas decorrentes de chamadas falsas, o coordenador da Central de Ambulâncias de São Mateus, Bruno Motta afirma que esses episódios são raros no município. “Como o nosso número é um número mais difícil, não é tão simples de memorizar como o 181 ou 192. Por isso, os trotes são raros porque só utiliza [o serviço] quem tem o nosso contato” – afirma.

 

Foto do destaque: Claudio Caterinque/TC Digital

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