SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A cidade de Manaus registrou neste sábado (5) sua maior cheia desde que a medição começou, há 119 anos, após o rio Negro atingir 30 metros. O recorde anterior havia sido quebrado no último dia 1º, quando o rio atingiu a cota de 29,97 metros.

Segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), o rio segue em processo de enchente e ainda pode subir mais 2 centímetros. Depois, há uma tendência de estabilização e, até a próxima semana, pode ter início o processo de vazante. Como esse processo é lento e gradual, os efeitos da cheia severa devem ser sentidos por várias semanas.

A capital amazonense já sofre com inundações há um mês. A cota de inundação severa (29 metros) foi ultrapassada no dia 30 de abril.

De acordo com o governo do Amazonas, o rio Solimões, em Manacapuru, atingiu neste sábado 20,82 metros, o que também representa a maior cheia da série histórica local, de 49 anos. Já em Itacoatiara, a cheia do rio Amazonas foi a segunda maior, tendo atingido 15,2 metros. O recorde é 16,04 metros, observado em 2009.

Segundo dados da Defesa Civil do Amazonas, dos 62 municípios do estado, 58 estão alagados, e 414.371 pessoas estão afetadas.

Pesquisa do Instituto Igarapé publicada em 2018 mostrou que o Amazonas é o estado do país com o maior número de pessoas deslocadas em decorrência de fenômenos naturais desde o ano 2000, seguido por Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Foto de destaque: Prefeitura de Manaus

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