quarta-feira, março 19, 2025
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RETOMADA NA PANDEMIA: “Na verdade, nada mudou”, diz mateense que reside há mais de 6 anos nos EUA

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Com o número de contaminados pelo novo coronavírus aumentando em todo o mundo, a mateense radicada nos Estados Unidos Célia Oliveira Tucker enxerga a retomada em solo norte-americano com desconfiança. “Na verdade, nada mudou”, avalia. E recomenda que, “quem puder, fique em casa”, temendo que as coisas piorem ainda mais.

Ela vislumbra que, com a reabertura da atividade econômica, as pessoas terão de se acostumar a um novo estilo de vida. “A gente usa a palavra retomada, mas nem sei sé isso mesmo. O que vamos ter agora é um novo estilo de vida, com restrições. Teremos de nos readaptar, ir ao supermercado de máscaras, não estar em aglomerações, manter a distância social. Porque sabemos que infelizmente não temos vacina, ou qualquer medicação, que nos deixe imune a essa doença” – afirma.

Técnica em Enfermagem e morando nos EUA há mais de 6 anos, Célia Tucker possui uma empresa especializada em limpeza de residências. Ela mora na Cidade de Portsmouth, no Estado de New Hampshire, na costa leste norte-americana, próximo a Boston, destino preferido de brasileiros. A mateense afirma que, por causa da pandemia, teve de cancelar um voo marcado para o Brasil, a fim de visitar parentes em São Mateus.

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Antenada às questões econômicas, Célia Tucker avalia que os EUA estão caminhando para uma recessão.

RETOMADA

De acordo com Célia Tucker, o governo norte-americano estava resistente à reabertura de comércios, mas, aos poucos, “acho que por pressão”, os estabelecimentos começaram a abrir. “É bom frisar que a retomada está sendo feita por causa da testagem máxima. O governo está dimensionando um tamanho muito grande de testes” – avalia. Ela afirma que já fez dois testes, que deram negativo, por conta da atividade laboral.

“Essa retomada significa vida, saúde, estar ainda mais ativo, vigiando, se cuidando. A pandemia está aí, ela não acabou. Se está tendo uma retomada é devido ao grande número de testes que temos. Foi um momento difícil, de angústia. Não falo só por mim, porque na pandemia consegui manter meus colaboradores, meu negócio ativo. Acho que agora, com essa retomada, temos que ter ainda mais responsabilidade, mais cuidados, porque não é fácil. Estamos enfrentando o medo” – disse Célia.

 

PANDEMIA

Uma das maiores dificuldades identificadas por Célia Tucker durante a pandemia foi em relação às notícias de desabastecimento. “Começou uma corrida maluca à procura de produtos que, segundo as notícias, faltariam nos mercados. Começamos pelo álcool, pelas máscaras, luvas, papel higiênico, de repente a cada semana falavam da falta de um produto. Teve até disputa de produtos nos supermercados”.

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Segundo ela, hoje, um vidro de álcool, que custava um dólar, está sendo vendido em média por 12 dólares.

 

ISOLAMENTO

Sobre as restrições e isolamento domiciliar, ela comentou o seguinte: “Essa coisa de ficar em casa. A gente é acostumada a sair todos os dias 8h da manhã e geralmente chego às 16h em casa. E ficar em casa foi muito ruim, apesar de não ter faltado serviço cem por cento. Eu dei prioridade a dar trabalho às minhas colaboradoras e preferi ficar em casa”.

 

RECESSÃO

Antenada às questões econômicas, Célia Tucker avalia que os Estados Unidos estão caminhando para uma recessão. “Ainda é precoce dimensionar o tamanho, ou duração. O governo está injetando trilhões de dólares para amparar pequenas e grandes empresas. Isso é incentivo, é claro! Com essa pandemia, agora temos 19 milhões de desempregados nos Estados Unidos, com uma população total de 330 milhões de habitantes, isso corresponde a 14,7% do pessoal ativo. É um número bem alto”.

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Portsmouth, New Hampshire (EUA)

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