Regulamentação da meliponicultura é apresentada para comitê gestor

A proposta de regulamentação estadual para criação das abelhas nativas sem ferrão foi apresentada, nesta quarta-feira (11), para o Comitê Gestor de Apicultura e Meliponicultura do Estado do Espírito Santo. A apresentação foi realizada pelo Grupo de Trabalho (GT) constituído para discutir o tema, uma vez que não existe uma regulamentação no Estado para esse tipo de abelha.

De acordo com a médica-veterinária do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf/ES) Talita Maria Pimenta de Paoli, o documento é essencial para organizar a cadeia produtiva. “Esse trabalho vem sendo desenvolvido com apoio de diversas instituições e órgãos públicos, prezando pela conservação das espécies, pelo trabalho de educação ambiental e pelo atendimento às finalidades socioculturais e ainda possibilitando o beneficiamento e a comercialização dos produtos e subprodutos”, explicou.

Na ocasião, também foram apresentadas as minutas do Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Mel de Abelha sem Ferrão (coordenado pelo Idaf, com apoio técnico do Instituto Federal do Espírito Santo – Ifes), e do Plano Estadual de Desenvolvimento da Meliponicultura, que cabe à Secretaria Estadual de Agricultura (Seag).

O comitê conheceu, ainda, o Plano de Ação Estadual (PAE) para a Conservação de Melipona Capixaba, desenvolvido em conjunto com o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) alinhado à estratégia nacional de conservação do Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMbio) e do Ministério do Meio Ambiente.

A partir de agora os documentos apresentados serão consolidados com a inclusão das alterações propostas pelos membros do Comitê para prosseguimento aos trâmites de publicação.

Meliponicultura

Meliponicultura é a criação racional de abelhas sem ferrão (Meliponíneos) visando à produção e comercialização de colmeias (ou parte delas), mel, pólen, resinas, própolis e outros substratos e à conservação da biodiversidade com a proteção das espécies contra a extinção.

Segundo a Associação de Meliponicultores do Espírito Santo (Ames), estima-se que em torno de 600 meliponicultores atuem hoje no Estado.