Em discurso no plenário do Senado nesta quinta-feira (8), a senadora Rose de Freitas (Pode-ES) expôs o rumo que a reforma da Previdência, já aprovada em segundo turno na Câmara dos Deputados, deve tramitar agora no Senado Federal. Rose afirma “não haver um prato pronto, uma proposta pronta” e que o debate será recomeçado, com abertura para todas as considerações possíveis.
“Aqui é uma outra Casa, somos a Casa revisora. Vamos instrumentalizar novamente a cidadania, recomeçar o debate e todos os espaços para audiências públicas e propostas devem estar, prioritariamente, na pauta, na ordem do dia. Não tem como dizer que a reforma é a favor do cidadão e da cidadã se (de fato) não for” – argumentou.
Rose reconheceu ainda que a proposta “foi o consenso possível que foi construído”. E que, como está, “realmente não é o pensamento de todos os parlamentares”. A senadora avalia também que não há um autor da proposta, a não ser o entendimento da urgência que o País pede. Dessa forma, segundo ela, não caberiam no debate neste momento demagogia, procrastinações, desavenças ou qualquer cenário político isolado que possa determinar a decisão do parlamentar, em detrimento do que “o Brasil precisa”.
Por fim, Rose, na condição de parlamentar Constituinte, relembra alguns pontos discutidos na redemocratização, como a necessidade da criação de microempresas (em oposição à predominância de grandes empreendimentos administrados pela elite nacional), além dos temas escolas populares e rurais.
Todavia, a senadora alerta que “não avançamos na Educação e a Saúde está deficitária”. E pondera sobre todo o foco direcionado à reforma. “O que é preciso fazer pelo Brasil não está no texto da reforma da Previdência, não está no da reforma Tributária e nem no texto do pacto federativo. Está na soma dos poderes Legislativo e Executivo com a sociedade. Isso é fundamental. Gostaria de reafirmar aqui o conceito de política pública voltada para o bem-estar da nação”.
