JOÃO HENRIQUE MARQUES
PARIS, FRANÇA (UOL-FOLHAPRESS) – O fim da temporada do futebol na França fez Paris Saint-Germain e Lyon avançarem em um posicionamento à Uefa para seguirem na disputa da Liga dos Campeões de 2019-2020. A entidade europeia tem planos de completar o torneio em agosto, mas encara a ameaça de impossibilidade após o posicionamento do governo francês contra o futebol no país até, ao menos, setembro.

O plano de PSG e Lyon é para realizar treinamentos entre os meses de junho e julho. O intuito é o de manter o elenco com bom condicionamento físico para caso a disputa da Liga dos Campeões seja validada.

O PSG está nas quartas de final da competição e vê na figura do presidente Nasser Al-Khelaifi a pressão necessária para seguir na disputa. Ele é membro do Comitê Executivo da Uefa e já deixou claro a disponibilidade do clube francês até para realizar os jogos com mando em outro país.

“É claro que respeitamos a decisão do governo francês – planejamos competir na Liga dos Campeões com o acordo da Uefa -, onde e quando ela ocorrer. Se não for possível jogar na França, jogaremos nossas partidas no exterior, sujeitas às melhores condições para nossos jogadores e à segurança de todos os nossos funcionários. ” destacou Nasser em comunicado enviado pelo clube.

O Lyon seguiu o mesmo tom. O clube está nas oitavas de final da Liga dos Campeões -venceu o primeiro jogo por 1 a 0 contra a Juventus, em casa-. Para o clube, a disputa do torneio é vital, visto que com a classificação final do Campeonato Francês, nem mesmo a vaga para a próxima Liga Europa foi assegurada.

“Nossa prioridade é acabar com a Liga dos Campeões. Nós já enviamos uma proposta para a Uefa com a possibilidade de calendário para concluir todas as fases, mesmo com jogos de ida e volta”, comentou o presidente do Lyon, Jean-Michel Aulas.

O desespero de PSG e Lyon também passa pela questão econômica. As premiações volumosas da Uefa serviriam para minimizar os danos causados com o fim da temporada do futebol francês. O jornal esportivo local, L´Equipe, estimou que o PSG deixa de faturar cerca de 240 milhões de euros (cerca de R$ 1,44 bilhão) com a decisão do governo francês. O cálculo juntou faturamento com patrocínios, bilheteria e direitos de televisão.

A Uefa ainda não tomou uma decisão sobre o futuro da Liga dos Campeões. A entidade pediu para que todas as ligas europeias tivessem uma decisão sobre o desfecho, ou não, da temporada até o dia 25 de maio. Para ser viável finalizar o torneio em agosto, a entidade conta agora com a finalização de importantes competições como os campeonatos da Alemanha, Itália, Inglaterra e Espanha.

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