Um protocolo de intenções para a construção da Ferrovia Litorânea Norte foi elaborado pela Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo do Espírito Santo (Aderes) e por empresas privadas. Esse protocolo foi detalhado em 2011, mas os primeiros estudos para analisar a viabilidade técnica do empreendimento começaram em 1988, conforme o Plano Estratégico de Logística e de Transportes do Espírito Santo, datado de 2009.

De acordo com o estudo, a ferrovia, ligando a área portuária em Barra do Riacho, Aracruz, ao Porto de Taquari, no sul da Bahia, estabelecia uma extensão aproximada de 320 quilômetros, passando pelos municípios de Linhares, contornando a Reserva de Sooretama, Jaguaré, São Mateus, margeando a BR-101 até Mucuri. O protocolo de intenções da Aderes previa ainda um ramal de 16 km de extensão até a área da Suzano, na Bahia. A ferrovia projetada no plano estratégico propunha ainda ligar a Estrada de Ferro Vitória-Minas ao Porto de Taquari, interligando a malha ferroviária do Espírito Santo ao sul da Bahia.

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Segundo o estudo, as cargas do norte do Estado, como madeira e rochas ornamentais, devido a particularidades de volume e peso, necessitam de logística específica de transporte para exportação pelo complexo portuário capixaba. O estudo considerava ainda o desenvolvimento da região litorânea norte, induzido pela produção na área petrolífera, já prevendo a atração de novos investimentos, como os que efetivamente foram consolidados, nos anos seguintes, com a implantação de plantas industriais como Volare, Oxford, Agrale e Placas do Brasil, que geram volumes de produtos para exportação.

Naquele estudo, a previsão de cargas para o primeiro ano de operação da ferrovia havia sido estimada em cerca de 4 milhões de toneladas, com destaque para os seguintes produtos: madeira, celulose, papel, carvão, produtos agrícolas, álcool, derivados de petróleo, mármore e granito. No estudo de viabilidade elaborado pela Aderes uma década atrás, a previsão de investimentos era de aproximadamente 115,3 milhões de dólares, com participação inclusive da iniciativa privada.

São Mateus–ES

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