O produtor rural Igor Avelino, do Tocantins, indicou para uma boa sucessão que os herdeiros escolhidos para liderar os negócios tenham recebido também como herança o apego ao trabalho e educação, principalmente financeira. Ele foi um dos palestrantes do 7º Simpósio do Produtor de Conilon, realizado nesta quinta-feira, no Ceunes, com o tema Qualidade e Sucessão Familiar.
Igor Avelino palestrou sobre Gestão e Sucessão – Mudar para sobreviver. Ele foi escolhido por dois irmãos e pais, em comum acordo, para uma sucessão antecipada na liderança dos negócios. A experiência foi apresentada durante a palestra no Ceunes. O palestrante salientou que o fato de ter sido o herdeiro escolhido não tira dos outros o direito deles financeiros e de palpitar nos negócios. Contudo, cabe a ele a reponsabilidade de estar na linha de frente.
E um dos motivos na qual é creditado o sucesso dele no Tocantins é trabalhar com prazer e ter apego ao trabalho, mesmo enfrentando os altos e baixos nos negócios das fazendas administradas. “Quero deixar para meus filhos esses aprendizados de ter persistência para superar os obstáculos que a vida vem colocar e que viver é assim”, frisa Igor Avelino. O palestrante reforça que a educação, principalmente em finanças, gestão e empreendedorismo, é essencial.
Simpósio teve 600 participantes
O professor do Ceunes, Fábio Luiz Partelli, disse que o 7º Simpósio do Produtor do Conilon teve a participação de 600 pessoas, entre estudantes, docentes, produtores e autoridades.
Pela manhã, as palestras abordaram temas relacionados à qualidade do café conilon. A primeira palestra foi ministrada pelo engenheiro agrônomo Wander Ramos Gomes, sobre Manejo da cochonilha . Em seguida, o professor Partelli palestrou sobre o projeto Cultivar da Ufes.
Ainda pela manhã, teve debate e homenagem a cafeicultores. Após o almoço, além da palestra com o produtor Igor Avelino, teve apresentação de outras experiências de sucesso com os cafeicultores Rodrigo José Gonçalves Monteiro, Aguilar Gaigher e Isaac Venturim. As atividades de debate, considerações finais e o sorteio de uma roçadeira motorizada encerraram a programação. A organização do Simpósio doará R$ 1.000 para uma instituição de caridade.