SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Anderson Ribeiro, primeiro brasileiro diagnosticado com a varíola dos macacos no país, recebeu alta do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, na manhã desta segunda-feira (20). Ele ficou catorze dias em isolamento no hospital.

O gerente de Produtos e Projetos de Recursos Humanos de 41 anos começou a apresentar os sintomas característicos da doença (febre, aparecimento de gânglios, erupções na pele, dor nas costas, fraqueza muscular e dor de cabeça) após voltar de uma viagem da Europa. Ele passou, com a mãe, por Portugal e Espanha. A confirmação do diagnóstico veio no dia 9 de junho.

Ainda nesta segunda, pelas redes sociais, Anderson publicou fotos recebendo alta e tirou uma selfie com a equipe médica. Ele já publicou até mesmo fotos e vídeos trabalhando de casa em home office.

Segundo ele, todos os sintomas já passaram e as feridas cicatrizaram. Ele exaltou a importância de seu isolamento e disse que, apesar da saudade de seus familiares e amigos, o ato foi muito importante para frear a transmissão do vírus.

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À TV Globo, ele comentou que a viagem pela Europa foi um presente de aniversário para a mãe. Ela está sendo monitorada, mas não apresentou sintomas da doença até o momento, bem como todas as outras pessoas com quem Anderson teve contato.
Até o momento, o Brasil registra oito casos confirmados desse tipo de varíola, sendo quatro deles em São Paulo. Outros dois casos foram registrados no Rio de Janeiro e mais dois no Rio Grande do Sul. Seis casos suspeitos estão sob investigação, de acordo com o Ministério da Saúde.

CONTÁGIO

A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo/íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. Esse contato pode ser, por exemplo, por abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções respiratórias próximos e por tempo prolongado.

PREVENÇÃO E SINTOMAS

Para prevenir a infecção, a recomendação é de evitar contato próximo/íntimo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado; evitar o contato com qualquer material, como roupas de cama, que tenha sido utilizado pela pessoa doente;
e higienizar as mãos, lavando-as com água e sabão e/ou uso de álcool gel.

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Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início desses sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele que podem estar localizadas em mãos, boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.

A varíola dos macacos pode ser letal, mas o risco é baixo. Existem dois grupos distintos do vírus da doença circulando no mundo, agrupados com base em suas características genéticas: um predominantemente em países da África Central – com taxa de fatalidade de cerca de 10% – e outro circulando na África Ocidental, com taxa bem menor, de 1%.

Complicações podem ocorrer, principalmente infecções bacterianas secundárias da pele ou dos pulmões, que podem evoluir para sepse e morte ou disseminação do vírus para o sistema nervoso central, gerando um quadro de inflamação cerebral grave chamado encefalite, que pode ter sequelas sérias ou levar ao óbito.

Além disso, como toda doença viral aguda, a depender do estado imunológico do paciente e das condições e acesso à assistência médica adequada, alguns casos podem levar à morte.

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Na próxima quinta (23), uma reunião será feita para debater o crescente número de infecções em todo o mundo. A OMS avalia se vai declarar ou não a disseminação de casos de varíola dos macacos uma emergência de saúde global.
São mais de 2100 casos confirmados da varíola do macaco, em 42 países do mundo.

 

Foto do destaque: Dado Ruvic/Divulgação

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