quinta-feira, julho 10, 2025
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Presidente do Sindserv afirma que servidores municipais estão prontos para paralisação geral

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Por

Claudio Caterinque

Repórter

Alegando falta de planejamento e ações concretas por parte da atual gestão à frente da Prefeitura, o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Mateus (Sindserv), Herikson Locatelli afirma que a categoria está pronta para uma paralisação geral. Em entrevista na tarde desta segunda-feira (16), Herikson confirmou que essa é, sim, uma possibilidade, “se não avançarem as negociações”.

E ele afirma que essas negociações não estão ocorrendo. “Não tem nada de concreto. Tem estudos, diálogos, reuniões, mas sem nenhuma definição. As pautas principais são o cumprimento das leis, pagamento do piso da enfermagem, do piso do magistério, e que a categoria do administrativo receba pelo menos o salário mínimo na base. Tem servidor que não está recebendo o mínimo” – detalha.

O presidente do Sindserv, Herikson Locatelli, detalhou à Reportagem as principais demandas do funcionalismo público municipal e da possibilidade de paralisação geral dos servidores.
Foto: Arquivo TC Digital

Segundo Herikson, a reivindicação principal “é que o Município cumpra as leis minimamente”. E reforça que nesses quase seis meses de gestão, o que há são apenas estudos e que não existe nenhuma proposta concreta. “Nenhum planejamento, nenhum plano de ação, nada”.

O presidente afirma ainda que o Município já tem previsão orçamentária para conceder 5,51% de reajuste para os servidores, mas que, até o momento, isso não aconteceu. “Nós estamos no mês seis e a previsão orçamentária está desde janeiro. Por que o município não paga minimamente o que está previsto na lei?” – questiona.

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Município gasta entre 33% a 35% do que arrecada com pessoal, afirma Herikson

 

O presidente do Sindserv, Herikson Locatelli, afirma ter dados que comprovam que o Município está gastando de 33% a 35% do que arrecada com gasto de pessoal. No entendimento dele, como a Prefeitura pode chegar a 54% com esse tipo de despesa, não há explicações para que não sejam cumpridas as legislações, principalmente na questão do pagamento de salário mínimo.

“E os servidores não estão nem batendo o pé na porta dizendo que querem isso tudo. É porque o município não consegue apresentar uma proposta e fazer o repasse disso para os servidores, para o funcionalismo público. Então, já que tem margem para poder fazer os reajustes e pagar o cumprimento das leis, por que o município ainda não apresentou esse plano?” – questiona, novamente.

 

Sem previsão de data para paralisação

 

São Mateus – Ainda de acordo com Herikson, não há uma previsão de data para a realização de uma possível paralisação geral. Ele afirma que a função do Sindserv, neste momento, é emitir o alerta para a população sobre a situação. “Para que as pessoas entendam que nós estamos fazendo o trabalho de conscientização popular. [A paralisação] não vai ser de uma hora para outra”, garante.

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Neste sentido, o líder sindical disse que participaria da sessão ordinária da Câmara de São Mateus desta segunda-feira para prestar esclarecimentos para a população. “Exatamente para depois não dizerem que a gente está fazendo de forma abrupta. Para não dizerem: aí, do nada, eles chegaram surgindo com uma greve. Não é isso, a gente está deixando claro que, se não houver nenhuma proposta, se não houver um movimento mínimo que seja por parte da administração pública, a gente vai precisar reagir. Porque não dá para ficar quieto também o tempo todo” – frisa.

 

Valorização do funcionalismo

 

O presidente sindical complementa que, uma das bandeiras do prefeito Marcus Batista na campanha foi a defesa da valorização do funcionalismo público. E acrescenta que os servidores mantêm a esperança e a expectativa de que ele possa cumprir a promessa do período eleitoral.

No entanto, ele reforça que, “se não forem tomadas atitudes, vai ter paralisação, infelizmente, não porque a gente queira, porque o servidor público não quer ir para debaixo de Sol, de chuva, para poder pedir para o município minimamente cumprir a lei”.

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Por último, acrescenta que a categoria tem consciência dos desafios do início de uma gestão. “Assumir uma gestão complexa, com tantas coisas, a gente entende tudo isso, entende o fato de que [o prefeito Marcus Batista] está trabalhando com um orçamento que não foi planejado por ele. Mas nós estamos juntando os seis meses deste ano, mais dois meses de transição, e acreditamos que tem tempo suficiente para minimamente apresentar um planejamento, um plano de ação, para valorização do funcionalismo público”.

 

O QUE DIZ A PREFEITURA

 

A Reportagem encaminhou demanda para a Secretaria de Comunicação, por ligação, e-mail, e também por meio de mensagens para o telefone do titular da pasta, Gilson Meireles, questionando sobre o tema desta matéria. Também foi feito encaminhamento para a secretária de Administração, Máxima Mereguette, por ligação telefônica e por mensagem de texto. No entanto, até o fechamento desta matéria não houve respostas. O espaço segue aberto para a manifestação da Prefeitura de São Mateus.

 

Foto do destaque: Arquivo TC Digital

 

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